Sem nem ser inaugurado, hospital de campanha de Nova Friburgo será fechado

Dos sete hospitais contratados pelo estado pelo valor de R$ 770 milhões, apenas dois ficaram prontos. Os de Campos, Friburgo e Casimiro de Abreu nem chegaram a ficar prontos
Foto: divulgação

Desperdício de dinheiro público. Sem nem ser aberto para receber pacientes diagnosticados com Covid-19, o hospital de campanha de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, deve ser desmontado. O mesmo deve ocorrer com as unidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu. A informação foi dada pelo secretário de Estado de Saúde, Alex Bousquet, durante oitiva conjunta da Comissão Especial de Fiscalização dos Gastos na Saúde Pública Durante o Combate do Coronavírus e da Comissão de Saúde, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta segunda-feira (27/07). “Essa semana vamos fechar o nosso relatório, mas ele caminha fortemente para o fechamento desses hospitais. Vamos anunciar a medida e a data ainda essa semana”, afirmou Bousquet. Os três hospitais de campanha fazem parte de um contrato firmado entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde, com a organização social Iabas, para construção de sete hospitais de campanha no estado, num valor de R$ 770 milhões. A Iabas vem sendo investigada. (continua após a publicidade)

A previsão inicial para abertura do hospital em Friburgo era abril, mas com muitos atrasos nas obras, falta de equipamentos e desvios de dinheiro público, a unidade nunca ficou pronta e o estado havia decidido que só abriria o hospital em Nova Friburgo se houvesse uma segunda onda de contaminação da Covid-19, mas agora, depois de meses de obras, a unidade deve ser desmontada sem ao menos ficar pronta. Bousquet lembrou que o Iabas já recebeu R$ 256 milhões, dos R$ 770 milhões previstos em contrato para as obras das unidades. Ele também frisou que os hospitais de Casimiro de Abreu e Campos dos Goytacazes não foram concluídos. “Não vimos necessidade de finalizar essas obras e, por isso, paralisamos a construção”, esclareceu. O secretário ainda disse que as unidades do Maracanã e de São Gonçalo também estão perto de fechar. “O planejamento já incluía início, meio e fim. Os serviços foram contratados por um prazo temporário e estamos próximo de finalizar as atividades nas unidades de apoio como um todo. A epidemia está estabilizada ou está em queda e isso é natural que aconteça”, argumentou.

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