Projeto de fidelense incentiva a leitura em presídio de Minas Gerais

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Fotos: Vinícius Cremonez / Polícia Civil de Minas Gerais

Um projeto idealizado por uma fidelense, vai beneficiar cerca de trinta presos do presídio de Pirapetinga, cidade do estado de Minas Gerais que faz divisa com Santo Antônio de Pádua. O projeto começou a ser pensado quando a então futura delegada cursava a faculdade de direito, e sonhava em montar uma biblioteca em sua delegacia para que os presos pudessem ler. Antes de falar do projeto, vamos conhecer um pouco da história da responsável pelo projeto que concedeu uma entrevista exclusiva para nossa equipe.

A delegada Flávia Granado entrou para a carreira de delegada de polícia em 2008 no estado de Minas Gerais, e sua primeira atividade na profissão foi assumir a delegacia da cidade de Mutum, que faz divisa com o estado do Espírito Santo. Na cidade de Mutum, 90% dos presos respondiam por homicídio. Flávia passou pelas cidades de Manhuaçu e Simonésia.

São Fidélis Mulher Foto Vinnicius Cremonez 12A delegada queria estar mais próxima do estado do Rio de Janeiro, pois sua família é de São Fidélis, e no final de 2011, assumiu a delegacia de Cataguases, onde também trabalhou em outras áreas como; delegacia da mulher, crimes contra pessoa e crime de trânsito. Apesar de Cataguases já estar mais próximo de São Fidélis, Flávia conseguiu em 2013 sua remoção para Pirapitinga para assumir a delegacia do município. Em Pirapetinga Flávia também exerce o cargo de diretora de presídio, onde o projeto da biblioteca está sendo desenvolvido. No estado de Minas Gerais, os delegados (a) também são responsáveis pelo setor de identidade do Detran.

Durante a entrevista, Flávia contou que desde a época que cursava a faculdade de direito em Nova Friburgo, já pensava em ser delegada. “Quanto mais ouvia que a profissão não combinava com o meu perfil, mas me sentia desafiada. Quando se prende um autor de um crime, por exemplo um estupro, você vê o bem que faz para aquela vítima e sua família, além da sociedade, diminuindo o risco do fato se repetir.” Disse Flávia.

xsdfdgffhjvkPara Flávia, essa é uma profissão maravilhosa, mas que precisa ser devidamente valorizada. “Acho que é uma tendência, pois a sociedade clama por mais segurança. Quando não tem segurança, é o cidadão de bem que é privado de sua liberdade” disse a delegada.
Quando estava na faculdade, Flávia falava que ia ser delegada e que iria ter livros para os presos leem em sua delegacia, mas que nem ela imaginava a força que tem as palavras, porque até então esse desejo era uma realidade muito distante e ficou adormecido.

Quando estava em Mutum, Flávia foi diretora da cadeia onde encontrou um sistema penitenciário em que os presos possuíam aulas três dias na semana e tinham acesso a leitura, mas somente em Pirapetinga que o projeto “Leitura em Liberdade” pode sair do papel. Antes de tomar qualquer providência para colocar a ideia em prática, a delegada conversou com os presos para saber como eles iam receber o projeto, e para sua surpresa todos gostaram. xdvfdhyfjvg

O projeto “Leitura em Liberdade” funciona da seguinte forma; Um dos presos é responsável por listar os livros recebidos e os doadores, um outro fica responsável por limpar os livros e um terceiro, está ajudando como pedreiro para limpar a cela e transformá-la em biblioteca.

A ideia é dar oportunidade para que os presos não só ocupem parte do tempo com a leitura, mas também fazê-los interessar pela leitura dando uma liberdade. Eles terão acesso a um período determinado de visitação à biblioteca e poderão levar um livro para ler na cela. A princípio serão aproximadamente trinta presos beneficiados com o projeto, e se tudo der certo, a intenção é expandir para as famílias dos presos e para outras cadeias da região.

Conversamos com alguns detentos que adoraram o projeto e a oportunidade de poder ler os livros. Para o detento Rogério Fernandes Rodrigues que cumpre pena por tráfico de drogas (artigo 33 do código penal brasileiro), a leitura ensina muito e ajuda a encontrar muitas histórias e respostas que tanto esperamos.

csdvfdhgtdg“Ter uma biblioteca em qualquer presídio é uma grande ideia até porque ler é uma das coisas mais importantes na vida de qualquer ser humano. Só temos a ganhar com essa decisão porque a leitura é um grande aprendizado para todos” disse Rogério.

Wanderson cumpre pena pelo artigo 121 (homicídio), agradece a delegada pela atenção, pelo tratamento e por proporcionar essa oportunidade. “Para todos nós que nos encontramos privados de nossa liberdade, hoje podemos aprimorar mais nossa leitura e aprender para que possamos voltar a sociedade mais sábios”,disse Wanderson.

xcdxvfbhfgA leitura não só ajuda a aprimorar os conhecimentos, mas ajuda a formar uma nova sociedade, uma sociedade que em breve estará de volta a sua vida normal lutando pela volta de sua dignidade e conquistando novos caminhos longe do crime. O São Fidélis Notícias apoia ideias assim, e acredita que projetos como esse, podem sim mudar as pessoas.

Agradecemos a delegada Flávia Granado e os detentos do presídio de Pirapetinga, além da Polícia Civil de Minas Gerais que colaboraram com essa matéria.

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