Professor: diminui a procura pelo curso normal em S.Fidélis e região

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Fotos: Vinnicius Cremonez

Nesta quinta-feira (15.10), comemora-se em todo o Brasil o Dia do Professor. A data é oficializada como feriado nacional na área da educação, para que “se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”, segundo o texto do Decreto Federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963.

No entanto, apesar da valorização simbólica, o curso de formação de professores vem se enfraquecendo ao longo dos anos. Em São Fidélis, o principal formador é o Colégio Estadual de São Fidélis, que ainda consegue alimentar turmas grandes no setor. Porém, com as aulas em período integral (manhã e tarde), o número de alunos caiu consideravelmente.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Educação, na Regional Norte Fluminense em 2014, haviam cerca de 1.200 alunos matriculados no Curso Normal (formação de professor). Esse ano, há aproximadamente 1.120 estudantes.

simulado do Bombeiro foto Vinnicius CremonezJá em relação a São Fidélis, os números também apontam queda. Atualmente, o Colégio Estadual de São Fidélis conta com cerca de 250 alunos no Curso Normal. Em 2014, esse número era de 300 estudantes.  Além do CESF, o  Colégio Estadual Geraque Collet no distrito de Pureza, também oferece o curso normal no Simulado do Copro de Bombeiros foto Vinnicius Cremonezmunicípio. Lá não houve redução. A escola conta com cerca de 40 alunos no Curso Normal, a mesma quantidade de 2014.

– A gente acha que essa queda no número de alunos tenha sido por conta do horário integral. Antes, em quatro anos, além das turmas saírem mais maduras, os alunos tinham a possibilidade de fazer um estágio remunerado. Agora não. Esse horário integral dispersou bastante. – disse Sônia Sóta, professora de Língua Portuguesa e Artes no CESF, que ressaltou que, apesar de pouco, ainda há um interesse dos jovens de se tornarem professores.

– Muitos alunos falam que estão aqui porque não tiveram outra opção, mas eu não acredito muito nisso. Ninguém vai fazer um curso de professor sem ter alguma coisa haver com o curso. Muitos ali vão querer exercer, principalmente aqui em São Fidélis, que sempre procuram escolinhas particulares, etc. A gente escuta muita gente falar que professor é a profissão do futuro. Muitos riem quando a gente fala isso, mas sem professor não tem nada. Todas as outras profissões dependem do professor, que forma todos os profissionais. Mas pra ser professor, não basta escolher só para ter um curso. Tem que gostar, tem que ter vontade. Se você não gostar do que faz, não adiante – finalizou a professora.

Estudante do primeiro ano do curso de formação de professores do CESF, o adolescente Arthur Berriel, de 16 anos, diz não ter interesse em ser professor, mas acha uma etapa importante para a formação acadêmica.

– Estou fazendo o curso de formação de professor porque, além de ter um segundo grau (ensino médio) completo, é um curso profissionalizante. Não tenho interesse em ser professor, na minha turma a maioria também não, mas é importante sim, porque trabalha com várias formas de ensino. – disse o estudante.

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