Preso em operação, vereador de Miracema é denunciado pelo MP pelo crime de roubo

Em dezembro do ano passado, ele teria assaltado um empresário na altura do Parque de Exposição, no Centro de Miracema, mediante ameaça com emprego de arma de fogo. O valor levado - R$ 79.800,00 - seria utilizado para o pagamento de empregados da empresa da vítima

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Miracema, denunciou nesta quarta-feira (31/10) à 2ª Vara da Comarca de Miracema, o vereador do município Guillerni Ribeiro de Camargo pelo crime de roubo, que prevê pena de reclusão de quatro a dez anos. Junto à denúncia, o MPRJ também requereu a prisão preventiva do político, que havia sido preso temporariamente no mesmo dia em operação conjunta das polícias civil e militar com o MPRJ.

De acordo com o texto da denúncia, no dia 28 de dezembro de 2017, por volta das 17h30, na Rua Marcílio Poly, Parque de Exposição, no Centro de Miracema, o vereador subtraiu a quantia de R$ 79.800,00, em espécie, de um empresário, mediante ameaça com emprego de arma de fogo. A quantia seria utilizada para o pagamento de empregados da empresa da vítima. Como os valores do objeto do roubo não foram encontrados, o MPRJ também pede a fixação da reparação mínima dos danos sofridos pela vítima no exato valor da quantia subtraída.

O filho de Guillerni, Rafael Xavier de Camargo, teve prisão preventiva decretada. Ele é acusado de portar arma de fogo sem autorização legal, enquadrando-se no artigo 12 da Lei 10.826/03, que prevê pena de reclusão de um a três anos e multa, e no artigo 16 da mesma legislação, com pena prevista de três a seis anos de prisão.

De acordo com o promotor de Justiça Marcos Davidovich, que assina a denúncia contra o vereador, o fato demonstra não só a forte influência política que o político exerce e que pode atrapalhar a instrução processual penal, mas também a grande possibilidade de que, assim como seu filho, o vereador também consiga escapar da prisão.

“Resta evidenciada a necessidade da prisão para garantia da própria credibilidade do Poder Judiciário e do Ministério Público, instituições encarregadas de zelar pelo bem comum e pela paz e ordem públicas, uma vez que a prematura liberdade do indiciado poderia incutir no espírito dos habitantes da cidade de Miracema o sentimento de impunidade, incentivando os menos esclarecidos à prática de delitos da mesma natureza daquele em análise, especialmente diante do histórico do denunciado”, destaca a denúncia

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