Uma preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), mamífero endêmico da Mata Atlântica que pertence à família Bradypodidae, foi resgatada na última segunda-feira, dia 15. O animal estava na estrada principal da Fazenda Cambucá, na região do Imbé, em Campos, e foi encontrado pelo guia Rafael Barros Guimarães, que é credenciado junto ao Inea para atuar no Parque Estadual do Desengano.
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O animal foi encontrado em situação de risco e levado pelo Rafael, juntamente com outro guia credenciado ao Inea, para uma área dentro do Parque Estadual do Desengano, onde ele foi solto. O resgate foi confirmado pelo gestor do parque, Carlos Dário. Segundo Rafael, esse é o segundo animal da espécie que ele encontra na mesma estrada. O primeiro foi em novembro do ano passado. A espécie mede entre 45 a 75 cm de comprimento e pesa até 10 kg.
A preguiça-de-coleira recebe esse nome devido à mancha escura na nuca que se assemelha a uma coleira. O animal costuma passar quase 80% do dia dormindo. A preguiça-de-coleira habita em matas conservadas e florestas secundárias procurando sempre as árvores mais altas, e é encontrada nos estados da Bahia, Espirito Santo e Rio de Janeiro. A espécie está na lista dos 10 animais mais ameaçados de extinção do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). De acordo com o Inea, além da caça, a fragmentação do hábitat devido à extração de madeira, à produção de carvão e à ocupação urbana são algumas das causas do risco de extinção da espécie.
Sobre o parque
O Parque Estadual do Desengano, a mais antiga unidade de conservação estadual do Rio de Janeiro. Localizada no Norte Fluminense, abrangendo partes dos municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos dos Goytacazes, a unidade totaliza 22.400 hectares de área de Mata Atlântica que abrigam 82 espécies de mamíferos, 494 espécies de aves, 56 de répteis, 73 de anfíbios e mais de mil tipos de flora.