Prefeituras da região ameaçam decretar estado de calamidade devido à crise

Foto: Antônio Werneck/ O Globo
Foto: Antônio Werneck/ O Globo

Nesta semana, prefeitos da região se reuniram na sede da Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Amerj), no Flamengo, para tratar da crise que afeta o Estado e o país. Crise esta, que pode levar as prefeituras de municípios da região  a decretarem estado de calamidade financeira. A maior parte das dívidas desses municípios estão relacionadas ao fornecimento de energia. O serviço chegou a ser interrompido em várias cidades, inclusive em São Fidélis, no ano de 2014.

O estado tem 92 municípios e, com exceção do Rio, quase todos enfrentam dificuldades. Em Cordeiro, a prefeitura explicou em nota que o corte de gastos promovido pela administração, seja com a folha de pagamento de pessoal, com a contratação de serviços, ou com a compra de material de consumo, é uma medida antipática, porém necessária. Em justificativa, a razão dos cortes é o  difícil momento econômico vivido pelo país e principalmente pelo Estado do Rio de Janeiro, onde as prefeituras estão sendo diretamente atingidas, no que diz respeito à redução de repasses e, consequentemente, de receitas.

O atual prefeito de São Fidélis, Luiz Fenemê, também esteve presente na reunião. No último mês, os médicos do Hospital Armando Vidal, que estavam sem receber desde julho, informaram que iriam passar a atender apenas casos de emergência devido ao atraso no repasse de verbas da prefeitura do município. Entretanto, a prefeitura realizou o repasse no valor de R$175.000,00 (cento e setenta e cinco mil reais) referente ao mês de julho/2016. Na época, os secretários de saúde e fazenda informaram que a responsabilidade pelo pagamento dos servidores da instituição é de sua diretoria e não da prefeitura.

Em 2014, vários prédios públicos tiveram o fornecimento de energia suspenso por falta de pagamento. O município também enfrenta dificuldades para concluir diversas obras.

A saúde de Friburgo também passa por dificuldades, o atual prefeito da cidade, Rogério Cabral, afirmou em entrevista ao Globo, após a reunião, que as UPAs da cidade estão sendo mantidas com recursos do município, da União, visto que o estado deixou de enviar sua parte.

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