Poemas estão sendo pintados em muros da “Cidade Poema”

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Fotos: Vinnicius Cremonez / Arquivo pessoal

A”Cidade Poema” está ganhando uma cara nova, entrando mais ainda no clima dos poemas. Ao invés de propagandas, muros do município de São Fidélis, estão ganhando uma nova pintura, uma pintura que nós faz refletir. Eles estão ganhando um poema, uma carta a céu aberto. E por falar em carta, o primeiro poema foi uma “Carta a São Fidélis”.

Segundo Geraldo Evangelista, conhecido como “Chocolate”, a ideia surgiu há um tempo atrás, quando Roberto Fernandes colocou poesias nos muros do Colégio Fidelense, em alguns muros perto da antiga ordem, agora CACA. “Era uma coisa solitária, muito dele. Ele passou, e passou também o momento da poesia no muro. E agora, há três anos atrás, o atual presidente da academia de letras pintou um muro perto da casa dele, perto da linha, e ali a gente começou a perceber a quantidade de gente que para, anota, tira fotografia. E ai eu pensei… Já pensou a cidade cheia de poesias? E me veio a ideia de fazer uma exposição a céu aberto de poesias para a cidade”, disse ele.

Geraldo acredita que São Fidélis tenha um futuro promissor para o lado cultural, o lado turístico lado artístico. “Pensamos na possibilidade, fomos aos segmentos sociais, fizemos vídeos, enquetes, colocamos no nosso jornal Registro Cultural, a opinião geral da sociedade fidelense foi muito positiva, e veio de uma forma em encontro ao que a gente estava pensando. Nós fomos atrás disso e colocamos em prática”. Segundo ele, ruas que ligam as duas principais entradas da cidade, serão priorizadas, mas a ideia, é pintar a cidade toda.

chocolateO primeiro muro foi inaugurado na Vila dos Coroados, e a solenidade, contou com presenças importantes dos segmentos político e social. O muro do Centro Espírita, será o segundo a fazer parte do projeto, onde será colocada uma poesia do Pedro Emílio, chamada Gamboa, que é bem famosa, de um poeta conhecido na cidade. “Quem quiser participar, pode mandar para este e-mail [email protected] as poesias. A princípio estamos pegando as poesias de autores como Antônio Roberto, Pedro Emílio pra começar… Mas a ideia é que possamos usar as poesias de todo mundo. Não queremos poesia de cunho político, que leve a ideia para outro lugar. Se tem uma sensualidade? Beleza, mas pornografia não. Essas coisas assim, para cumprir uma coisa respeitável, que seja uma propaganda do bem para São Fidélis, que tenha o lirismo que a poesia requer, e a beleza e o encantamento que possa ser”.

Outros muros como o do Rotary, do Clube de Leões,  Colégio Barão de Macaúbas e do Colégio Estadual Elvidio Costa,  também deveram receber os poemas. Geraldo contou que agora, está faltando o financiamento. “Vamos ver se com um pouquinho de cada um, conseguimos transformar a cidade numa coisa bacana. E acompanhando isso, temos lançamentos de livros artesanais, um grupo para recitar poesias pela cidade”.

“A gente quer que esse projeto de enfeitar a cidade, influencie também no comportamento das pessoas. Estamos criando uma opinião pública bacana. São Fidélis vive numa época em que as pessoas as vezes falam mal, e de repente a gente consegue depoimentos falando “que coisa boa”. Parece uma corrente positiva em prol da cidade. E também a questão de que uma ideia puxa a outra. Um muro pronto ele enfeita o ambiente, e interfere no ambiente em torno dele. O muro que a gente pintou, o pessoal da borracharia já começou a embolsar o resto, porque interfere. Começam a surgir necessidades, que implicam a todo mundo. De uma forma natural, acontece a transformação”, concluiu Geraldo.

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