PF cumpre mandado em casa do ex-prefeito de Bom Jardim durante operação que prendeu Pezão

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Agentes da Polícia Federal estiveram nesta manhã (29/11), durante a operação “Boca do Lobo”, em um sítio do ex-prefeito de Bom Jardim, Affonso Monnerat, que ocupava o cargo de secretário de Governo do Governador Luiz Fernando Pezão, preso nesta quinta-feira durante a operação.

Affonso Monnerat foi preso no dia 8 deste mês em uma das fases da Operação Lava Jato. No sítio, localizado no distrito de Barra Alegre, os policiais federais cumpriram um dos 30 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além de Pezão, a operação de hoje mira assessores e um sobrinho. De acordo com as investigações, o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a Administração Pública, com destaque para a corrupção e lavagem de dinheiro, segundo a Procuradoria-Geral da República.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enfatiza que Pezão foi secretário de Obras e vice governador de Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014, período em que já foram comprovadas práticas criminosas como a cobrança de um percentual do valor dos contratos firmados pelo Executivo com grandes construtoras, a título de propina. Pezão teria passado a liderar o esquema quando assumiu o governo do estado, a partir de 2014.

“A novidade é que ficou demostrado ainda que, apesar de ter sido homem de confiança de Sérgio Cabral e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”.

Na petição enviada ao STJ, a procuradora-geral explicou que a análise do material revelou que o governador e assessores integraram a operação da organização criminosa de Sérgio Cabral – preso há mais de dois anos – e que o atual governador sucedeu Cabral na liderança do esquema criminoso. Segundo a PGR, cabia a Pezão dar suporte político aos demais membros da organização que estão abaixo dele na estrutura do poder público e, para tanto, recebeu valores vultosos, desviados dos cofres públicos e que foram objeto de posterior lavagem.

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