A Petrobras anunciou a conclusão até 2021 de uma Unidade de Produção de Gás Natural (UPGN) com capacidade para produzir 21 milhões de m³ do combustível por dia e geração de 8 mil empregos diretamente ligados ao Comperj. A UPGN é associada ao projeto Rota 3, destinado a escoar a produção de gás pertencente à camada de pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com Alessandro Costa Mello, gerente-geral de implementação e empreendimentos da Petrobras, o empreendimento demandará investimentos de R$ 2 bilhões. São mais de 20 contratos para colocar a UPGN em operação, a metade já está assinada, a outra metade também estará firmada até o início do ano que vem e 70% dos empregos gerados serão na cidade de Itaboraí.
Outro investimento comentado durante a reunião foi a possibilidade de uma unidade de refino também fazer parte dos empreendimentos do Comperj. Costa Mello informou que os estudos de viabilidade, realizados em conjunto com a companhia chinesa CNPC (China National Petroleum Corporation), devem ficar prontos no segundo semestre desse ano. “O estudo está em andamento com a previsão de conclusão para setembro de 2019“, informou.
Entre os planos avaliados para o Comperj, o mais distante, de acordo com o gerente-geral da Petrobras, é o projeto para o desenvolvimento da usina termelétrica, anunciada pela estatal em abril deste ano. Os estudos ainda estão em fase preliminar e sua realização ainda não possui previsão concreta. “A Petrobras esclarece que os estudos para a realização de uma termelétrica ainda são preliminares e não há uma decisão sobre o tema. Haverá disponibilidade de gás, então existe a possibilidade de termos uma termelétrica no Comperj, mas os estudos são embrionários”, analisou Costa Mello.
Os anúncios foram feitos durante uma audiência para debater os danos provocados pela paralisação das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Petrobras deve fechar, até setembro deste ano, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para reparar o município de Itaboraí pelo prejuízo causado com a paralisação das obras. O acordo deve ser de aproximadamente R$ 7,5 bilhões.