Onças-pardas são fotografadas por armadilhas no Desengano

parque estadual do desengano foto vinnicius cremonez 1
Fotos: Vinnicius Cremonez/ Letícia Lütke Riski

A segunda etapa da pesquisa realizada pelo laboratório LABPMR da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) trouxe uma novidade em dobro para amantes da natureza. Duas onças-pardas (Puma concolor), foram registradas através de armadilhas fotográficas instaladas em área no interior do Parque Estadual do Desengano, que abrange os municípios de Santa Maria Madalena, São Fidélis e Campos.

A onça-parda figura como um dos mais importantes predadores de topo de cadeia alimentar do PED. Sua alimentação é predominantemente carnívora. Dentre as suas principais presas estão os porcos-do-mato (Pecari tacaju), pacas (Cuniculus paca) e macucos (Tinamus solitarius), mas não deixando de predar o que for possível para garantir sua sobrevivência e de suas proles.

Parque Estadual do Desengano Foto Vinnicius Cremonez 1É um animal com grande extensão territorial, podendo ser avistado, inclusive, vagando por áreas abertas como pastos ou plantações de eucaliptos procurando por presas ou áreas propícias para alimentação.

Não é raro ouvir historias nas comunidades rurais do entorno do Parque Estadual do Desengano sobre onças comendo criações de origem pecuária.

Quem será o grande responsável para esse “problema” da onça “comer bezerros”? Será que a solução mais justa desse “problema” seria “matar as onças”?

A sobre-caça de espécies silvestres florestais pelo homem, pode levar a onça a procurar seus alimentos em ambientes peri-florestais, como áreas de criação de animais domésticos, o que poderá geralmente acarretar em conflitos indesejáveis e medo, levando ao assassinato do animal pela falta de informação sobre o mesmo.

O desastre seria incalculável com a extinção local de um animal com a importância ecológica que é um animal topo de cadeia alimentar. Só quem já viu esse animal em vida livre sabe como não há palavras para descrever os incríveis segundos de observação da majestosa onça. Não há emoção igual.

onca

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