Obras esportivas paradas e ruas esburacadas: o cenário de São Fidélis a um mês de receber a Tocha

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Fotos: SF Notícias.

O dia 31 de julho tem tudo para ser uma data histórica para São Fidélis, que receberá a Tocha Olímpica dos Jogos Rio-2016, a primeira edição realizada na América do Sul. O fogo olímpico será carregado pelo atleta Cafu e pelo bombeiro militar Marcos Alecrim. Contudo, a grandeza do evento pode ser comprometida pelo descaso do poder público, que vem fazendo com que os moradores do município dividam suas opiniões sobre o o recebimento da Chama Olímpica. A um mês do revezamento, ainda não começaram as obras nas ruas por onde passará a Tocha, que pode ser vista como “um estranho no ninho”, já que os dois principais palcos esportivos do município estão fechados: o Estádio Sebastião de Almeida e Silva “Sosó”, há mais de oito anos, e a Quadra de Esportes Humberto Lusitano Maia, há recém-completos dois anos.

Acostumado a receber jogos do Campeonato do Interior, antigo Campeonato Rural, e de outras competições de futebol, o Estádio Sebastião de Almeida e Silva “Sosó”, no bairro São Vicente de Paula, fechou em 9 de janeiro de 2008, quando uma tromba d’ água destruiu parte do campo. As obras, que fazem partem do programa “Somando Forças” do Governo do Estado, só foram começar em maio de 2010, com previsão de um investimento total de R$ 1.158.165,16. Faziam parte do projeto: drenagem completa do campo, nivelamento e revestimento com grama especial, construção de pista de atletismo, vestiários modernos e completos, arquibancadas em parte da área, novos alambrados e um sistema de iluminação composto por refletores de alta potência, além de uma nova tribuna de honra e banheiros para o público.

38Em outubro de 2010, apenas cinco meses após o início das obras, o prefeito Luiz Fenemê estendeu a previsão de entrega para abril de 2011. Na época, o atraso deveu-se ao fato do canal auxiliar do Valão Catarina passar sob o campo. Já o então vice-governador Luiz Fernando Pezão, hoje governador afastado do cargo para tratar de um câncer, citou durante uma visita a São Fidélis, em dezembro de 2013, a conclusão da primeira etapa, que incluiu a construção da arquibancada. Porém, Pezão não soube explicar o motivo do atraso na conclusão total. Na época, a Serven Engenharia, responsável pelas obras, alegou falta de repasse de verba do governo. Hoje, o estádio continua fechado e inacabado, com a nova arquibancada praticamente abandonada. O prazo inicial de entrega foi coberto na placa.

Já a Quadra de Esportes Humberto Lusitano Maia, no Centro, completou dois anos fechada há pouco mais de um mês. O início da obra de reestruturação aconteceu em 14 de maio de 2014, sob responsabilidade da Empresa Inova Luz, com previsão de duração de aproximadamente seis meses. O orçamento da obra era de 687.537,78. Além da reforma para a quadra ganhar tamanho oficial, também estavam previstas construções de novos vestiários e arquibancadas. Parte da nova arquibancada já desmoronou antes mesmo da conclusão da obra.

Em resposta à reportagem, a Prefeitura se posicionou afirmando que a empresa responsável pela reforma da quadra está trabalhando, e que a Caixa Econômica Federal tratou de realizar uma medição até a primeira quinzena de julho para dar continuidade na obra. Quanto à passagem da Tocha, a Prefeitura disse estar marcada para o dia 12 deste mês a licitação da massa asfáltica para a reforma das ruas do Centro. Ainda não foi divulgado o trajeto do revezamento.

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