Foto: Jonne Roriz / COB
O nadador Bruno Fratus, natural de Macaé, no Norte do estado do Rio, encerrou a participação da natação brasileira nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 com mais um pódio. O brasileiro terminou em terceiro lugar nos 50m livre, a prova mais veloz da natação, com o tempo de 21s57, e assegurou a medalha de bronze. O americano Caleb Dressel foi ouro, 21s07, novo recorde olímpico, e o francês Florent Manaudou levou a prata, com 21s55.
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“Tenho que agradecer a muita gente do COB, da CBDA e do Minas Tênis Clube e publicamente eu queria agradecer dois caras, um é o Cesar Cielo, que mostrou que era possível há uns anos atrás. No começo da minha carreira, se eu não tivesse tido a oportunidade de competir ao lado de quem eu acredito ser o melhor velocista da história eu não teria chegado aqui hoje. E agradecer ao Fernando Scheffer, que mostrou essa semana que era possível. Por várias vezes, quando eu estava ansioso, eu pensava: o Scheffão fez você pode fazer também. Eu disse uma vez que não tenho ídolo, mas vou usar essa palavra, meu ídolo, que eu cresci vendo, Fernando Scherer, que mostrou que era possível anos atrás. Michelle, minha esposa, o que ela me falou antes da prova fez toda diferença. Brett Hawke, meu melhor amigo, meu técnico, que estava mais ansioso do que eu”, afirmou Fratus após deixar a piscina.
Após a prova, Fratus beijou e abraçou o bloco de largada. Com a medalha no peito, beijou o pódio e correu para abraçar Michelle Lenhardt, que estava na área da piscina. A medalha de Fratus também representa a primeira de um atleta treinado por uma mulher na natação brasileira. Ele é orientado pelo americano Breatt Hawke e por sua esposa, Michelle, ex-nadadora olímpica, que o acompanhou em Tóquio. Fratus já havia chegado a duas finais em Jogos nos 50m livre: foi quarto colocado em Londres 2012 e sexto no Rio 2016. Neste domingo, em meio à comemoração pela medalha ele relembrou os momentos de dificuldade que enfrentou após os Jogos no Brasil.
“Tudo que sou devo à natação e aos percalços que aparecerem no caminho. Desde o Rio estou lidando com essa inquietude, com essa ansiedade. Dois meses depois do Rio eu estava na pior depressão da minha vida cogitando deixar a face da Terra de uma vez. Fui salvo pelo amor dos meus pais, da Michelle, do Brett. Teve amor, diálogo, compreensão. O primeiro passo para ser ajudado é querer ser ajudado”, afirmou Fratus.
Informações: Comitê Olímpico do Brasil