MPRJ apura morte de macaco bugio que ficou 10 dias sem água e comida esperando por resgate em Macuco

Promotoria de Cordeiro instaurou procedimento; animal caiu da árvore onde estava por 10 dias e chegou a ser levado para veterinária, mas morreu com desnutrição e desidratação severa; veja o vídeo

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cordeiro, instaurou um procedimento para apurar a morte de um macaco Bugio em Macuco, na Região Serrana do Rio. O primata ficou cerca de 10 dias em cima de uma árvore em uma praça no Centro da cidade, sem comida e água, aguardando resgate. Segundo o MPRJ, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi oficiada para prestar esclarecimentos.

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O macaco acabou morrendo na última semana após cair da árvore. Após a queda ele foi encaminhado para a veterinária Dra. Josiane Leitão Abreu. Ao SF Notícias, ela relatou que o macaco apresentava desnutrição e desidratação severa. Ela fez um vídeo com o animal morto nas mãos, indignada com a demora no resgate. Veja no final da matéria ou em nosso Instagram > @sfnoticias.

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Relembre o caso

O macaco Bugio apareceu no Centro da cidade no início do mês de março e vinha chamando a atenção dos moradores. Vídeos compartilhados em redes sociais mostram o animal no Centro da cidade, com aparência debilitada. Ele subiu em uma árvore e continuava acuado no local até a última quinta (16).

Segundo a veterinária, foi solicitada ajuda de vários órgãos como Inea e Corpo de Bombeiros para que o animal fosse capturado e recebesse atendimento. “Desde o momento que o animal apareceu eu ofereci as autoridades ajuda, falei que estava pronta caso alguém resgatasse” – relatou.

A Secretaria de Meio Ambiente de Macuco chegou a isolar a área, instalou uma placa pedindo aos moradores para não alimentarem o primata, e informou que solicitou o resgate do animal. A pasta informou ainda que o Inea vai coletar material para análise, para descobrir o que pode ter acontecido com o macaco.

Em nota o Inea informou que, conforme preconiza a Lei Complementar 140/2011, o resgate de animais silvestres em vida livre cabe ao Ibama. “Ainda assim, o Inea, após ser acionado por moradores, esteve no local e constatou que, para efetuar o resgate do macaco bugio, seria necessária a utilização de medicamento tranquilizante por meio de disparo de um dardo a ser realizado por um profissional especializado, a fim de garantir a segurança e o bem estar do animal” – diz a nota. O órgão informou ainda que técnicos estavam se mobilizando para efetuar a captura do animal a partir dessa metodologia, mas o animal veio a óbito antes do retorno da equipe do Inea.

Já o Ibama afirmou que o resgate de animais silvestres presentes em ambientes urbanos é realizado pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e órgãos estaduais e municipais do meio ambiente. “O Ibama é acionado em caráter supletivo quando o resgate apresenta maior complexidade, como no caso de grandes felinos” – diz trecho da nota.

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