A brincadeira de pipa é uma das mais antigas existentes. Sai geração, entra geração, e o brinquedo segue colorindo os céus de praticamente todas as cidades do Brasil. Por mais que as pipas passem boa parte dos anos desapercebidas, reaparecem nas férias escolares, quando as crianças estão com mais tempo para se divertirem.
Mas o que é diversão, pode ter seu risco se não forem tomados os devidos cuidados. No intuito de “cortarem” as linhas de outros soltadores de pipas, alguns fazem cerol, mistura de cola geralmente com vidro moído. Quando usada com cerol, a linha ganha uma espessura mais grossa e assume uma função de navalha, o que pode provocar vários acidentes, sendo os mais comuns cortes em partes do corpo.
Os ciclistas e motociclistas são os que ficam mais vulneráveis, podendo ser atingidos pela linha no pescoço, local que fica desprotegido da roupa e do capacete. O risco se estende para outras pessoas que passam pelos locais onde estão sendo soltadas as pipas, como também para quem estiver soltando. O uso do cerol é proibido por lei (7189/86), e as consequências de possíveis acidentes serão destinadas aos responsáveis pelo soltador da pipa, caso ele seja menor de idade.
O Corpo de Bombeiros orienta que, além de atentar para a proibição do cerol, ainda é necessário observar o local para se soltar pipa, evitando lajes de casas. É aconselhável escolher locais abertos como praças e parques, distantes de antenas, fios telefônicos ou cabos elétricos. Também importante evitar os dias de chuva, principalmente se houver relâmpagos.