Justiça nega soltura de pais de bebê agredido em São Fidélis; pai realizará exame de sanidade mental

Bebê tinha apenas dois meses quando sofreu as agressões e passou mais de 60 dias internado. Uma nova audiência de instrução foi marcada para novembro

Foi realizada na tarde desta quinta-feira (14/10) a audiência de instrução do caso do bebê que foi agredido pelo próprio pai em São Fidélis, no Norte Fluminense. Na audiência, que ocorreu de forma híbrida, diante da pandemia de Covid-19, a justiça, através do juiz Dr. Marcio Roberto Costa, indeferiu os pedidos de relaxamento de prisão cautelar e também de revogação da prisão dos pais da criança. Apesar de negar a soltura, a justiça acolheu o pedido formulado pela defesa do pai do menino, que no dia do ocorrido foi autuado em flagrante pelos crimes de tortura e lesão corporal, para que o mesmo realize exame de sanidade mental.

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Na decisão proferida, o juiz determinou ainda que a SEAP fosse oficiada conforme requerido pela defesa para que o pai do menino seja submetido a tratamento/atendimento psiquiátrico. Na audiência foram colhidos os depoimentos dos réus, testemunhas, peritos e outros envolvidos para a produção de prova oral. Uma nova audiência de instrução foi marcada para o dia 11 de novembro, às 13h30. O pai do bebê segue preso em Itaperuna e a mãe, presa em Campos.

Relembre o caso
Conforme apurado com fontes ouvidas pelo SF Notícias, no dia do ocorrido, a mãe, de 21 anos, contou uma versão que não convenceu a polícia. Ela disse que o marido, de 20 anos, havia saído de casa por volta das 05h30 da manhã, e como ele estava demorando, ela saiu juntamente com a criança atrás dele. Ainda segundo a versão, no caminho ela teria sido abordada por quatro homens que estariam em um carro, e foi ameaçada com uma arma a entrar no veículo. Já dentro do carro os ocupantes teriam agredido apenas o bebê. A mãe disse ainda que após a agressão ela e o menino foram deixados na Praça da estação, no Centro, e ela voltou para casa com medo. Entre a hora que teria ocorrido o fato narrado por ela e a hora em que os pais levaram a criança ao hospital se passaram mais de 07 horas.

“Versão nitidamente fantasiosa, não merecendo qualquer credibilidade quanto aos respectivos conteúdos, denotando-se ter ocorrido emprego de violência com intenso sofrimento para a vítima (criança), resultando lesão corporal de alta gravidade”, disse o delegado Dr. Carlos Augusto, no dia do ocorrido.

No mesmo dia, os pais foram levados para a 141ª Delegacia de Polícia de São Fidélis, mas transferidos para a 134ª DP do Centro de Campos, delegacia responsável pelos flagrantes daquele final de semana. Durante o registro de ocorrência o pai do bebê acabou confessando que havia agredido o menino, desmentindo a história contada pela mãe. O motivo das agressões foi o fato de o bebê estar chorando muito durante a noite. Apesar de várias complicações durante os mais de 60 dias internado, sendo 55 deles na Unidade de Terapia Intensiva Infantil, o bebê recebeu alta do Hospital Ferreira Machado, em Campos, no dia 09 de junho e está sob a guarda de uma tia.

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