Justiça do Rio deve soltar mais de 900 presos sem tornozeleiras para melhorar sistema prisional

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Fotos: Vinnicius Cremonez

A Justiça do Rio de Janeiro pretende soltar cerca de mil presos sem tornozeleira eletrônica. Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta segunda-feira (18/07), o juiz Eduardo Oberg, da Vara de Execuções Penais, afirmou que o índice de detentos que comentem crimes com ou sem tornozeleira após deixar o sistema penitenciário é praticamente igual.

Segundo o juiz, os presos que atendem aos requisitos objetivos serão favorecidos pela decisão. “São aqueles que já tem o requisito objetivo para poder progredir de regime. Aqueles que estão no semiaberto e poderão ir para o aberto, livramento condicional ou que poderão receber indulto e no caso de término de pena. Se ele não tem periculosidade, ele tem direito à liberdade”, destacou durante a entrevista.

Oberg também destacou a importância de levar em conta o sistema de “freios e contrapesos”, ou seja, um equilíbrio entre os presos considerados perigosos e o que pode ficar solto. “O preso perigoso, que é líder de facção ele fica preso, vai para fora do estado, vai para o castigo. Agora, aquele que pode ser solto, ficar preso, eu estou aumento a possibilidade de rebelião, eu estou deixando na cadeia um estado de tensão enorme. ESCOLTA PRESO NOVO 3Essa medida diminui a tensão da unidade prisional e para as olimpíadas, ela melhora o sistema prisional do Rio de Janeiro”.

Ainda segundo Oberg, o Rio de Janeiro possui capacidade para 27 mil presos no sistema e hoje já conta com 50 mil. “Se pensarmos pelo senso comum, não soltaríamos ninguém e teríamos 150 mil presos no sistema penitenciário. A Vara de Execuções Penais foi feita para a pessoa progredir de regime e ser solta quando ela puder ser solta. Porque, caso contrário, ela não teria razão de existir. Não soltar é a exceção”.

Fonte: G1

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