Italva e Varre-Sai decretam situação de emergência por causa da seca

Bom Jesus do Itabapoana, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São Fidélis já haviam decretado
300 hectares de pastagens foram queimadas em Varre-Sai

Mais dois municípios do Noroeste Fluminense decretaram situação de emergência devido à seca. Além de Bom Jesus do Itabapoana, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São Fidélis, os municípios de Italva e Varre-Sai também decretaram situação de emergência devido a estiagem.

Em Italva, segundo a prefeitura, nos seis primeiros meses do ano choveu apenas 230mm, bem abaixo da média histórica que é de 650mm, uma queda superior a 35%. Com grandes perdas em todas as áreas, a estiagem está se tornando um problema crônico, ocasionando insuficiência na recarga dos mananciais, que vêm comprometendo o armazenamento de água, causando sérios problemas no consumo humano e animal.

Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, os prejuízos econômicos no campo aumentaram significativamente em decorrência da estiagem que já perdura por um longo período. O órgão estima que 80% dos produtores rurais estão sendo afetados pela falta de chuvas. A agricultura gera renda para muitas famílias em Italva, sendo um dos pilares da economia local. Propriedades agropecuárias do município já não dispõem de alimentação suficiente, em especial para o gado, comprometendo a produção de leite e carne. Só neste ano de 2017 há registros de 90 animais mortos devido ao problema.

Já em Varre-Sai, a prefeitura informou que o município sofre com perdas na produção cafeeira, na produção de leite e gado de corte, estimados em valores superiores a R$ 10 milhões, com possibilidade de aumento do prejuízo, visto que de acordo com as previsões a estiagem ainda poderá durar até o final do mês de outubro.

Ainda de acordo com a prefeitura, Varre-Sai já vem enfrentando racionamento de água, pois o único manancial do município encontra-se com o nível muito abaixo do normal para o período, sendo necessário o apoio de municípios vizinhos no abastecimento.

Como consequência da estiagem, o município também vem sofrendo com grande quantidade de queimadas, com o fogo tendo consumido aproximadamente 300 hectares de pastagens e vegetação nativa, de acordo com estimativa das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e de Defesa Civil. Na área da Saúde houve um aumento no número de atendimentos a casos relacionados a doenças respiratórias devido à baixa umidade do ar.

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