INEA pretende acabar com dez lixões do RJ até 2020

Segundo o presidente da instituição, dos 92 municípios do Rio, 11 ainda despejam resíduos em lixões
Fotos: SF Notícias/ Reprodução

O presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marcus de Almeida Lima, divulgou nesta terça (11) que a instituição pretende fechar até 2020 os dez lixões que ainda estão operando no Estado do Rio. A informação foi apresentada durante audiência pública da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Entretanto, segundo Marcus, o fechamento dos lixões não depende só do Inea. “Tem lixão que a gente já interditou, mas a Justiça mandou abrir. Existem municípios que recorrem mostrando que não têm outra alternativa de descarte e que precisam de tempo para licitar. Mas mesmo assim a gente tenta e pretende resolver a curto prazo”, afirmou o presidente.

De acordo com Marcus, dos 92 municípios do Rio de Janeiro, 11 ainda despejam resíduos em lixões. Para ele, a questão financeira inviabiliza que todas as prefeituras do estado adotem o despejo em aterros. “Tem muitos municípios que, por questão financeira, estão voltando a despejar nos lixões. É preciso analisar a parte econômica e quanto isso custa para cada cidade”, ressaltou.

Além dos lixões em atividade no estado, há um aterro com licença de operação em recuperação e um com autorização de funcionamento. Dois estão paralisados e 18 operam normalmente. Ao todo, 74 municípios do Rio cumprem com a Lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada em 2010, e despejam os resíduos em aterros. Diariamente eles recebem 18 mil toneladas de lixo. 

O presidente do Inea também apontou outro problema agravado pela falta de recurso dos municípios. “É preciso pensar em um tratamento específico para o chorume – líquido proveniente da decomposição do lixo. O tratamento é extremamente caro e se torna economicamente inviável. Esse é um problema que aparece mais no verão, mas faz grandes estragos no meio ambiente. É preciso pensar isso como uma parte importante do problema de descarte de lixo”.

Durante a reunião, o integrante do Conselho de Meio Ambiente da Firjan, Paulo de Tarso Pimenta, lembrou que o lixo tem um valor econômico e que os municípios precisam enxergar os resíduos como um mercado rentável. “Vou dar um exemplo prático: depois de um evento, vários catadores correm e pegam latinhas para revender. Com o lixo é da mesma forma. O resíduo da construção civil, por exemplo, pode ser transformado em base para pavimentação de vias. Todo município tem esse problema de descarte, mas isso pode ser revertido em dinheiro. A gente precisa de uma segurança econômica e jurídica para viabilizar os projetos que existem”, argumentou.

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