Igreja Matriz será elevada a Santuário de São Fidélis no Dia do Padroeiro

O templo será elevado a Santuário em 2022, quando completam-se 400 anos da morte do santo. São Fidélis foi martirizado em 24 de abril de 1622

A monumental Igreja em louvor a São Fidélis de Sigmaringa, mártir franciscano, que neste ano completou 212 anos se tornará ainda mais especial para os fiéis, pois será elevada a Santuário de São Fidélis. O templo, com construção iniciada em 1799, orientada pelos monges construtores, frei Victório de Cambiasca, frei Ângelo de Lucca e frei Thomaz Civitta de Castella e aberta ao culto em 1809, será elevado a Santuário em 2022, quando completam-se 400 anos da morte do santo.

“São Fidélis foi martirizado em 24 de abril de 1622. Era um período difícil, vivia-se o tempo da reforma e contrarreforma e depois de seu martírio houve uma paz, um tempo de bonança, os conflitos cessaram ali na Alemanha, nas regiões próximas à Sigmaringa devido a sua morte. Depois de sua morte, houve muitas conversões, muitas pessoas se aproximaram da Igreja, da fé católica. Então o sangue derramado por São Fidélis, pela Igreja, por Jesus, pelos cristãos não foi em vão. Teve muito valor” – afirma o padre Maxwell Santos de Almeida, pároco da Igreja Matriz.

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Segundo o padre, a Paróquia será elevada a santuário pelo Bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz no dia 24 de abril do próximo ano por ser a única em honra ao santo no Brasil. “Quando falamos em Santuário, pensamos logo no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, onde vão diversas romarias, diversas pessoas fazerem suas promessas, seus pedidos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora e também vão agradecer as graças alcançadas. Assim é o que vai acontecer com a Igreja Matriz. Seremos elevados à condição de Santuário devido no período da festa recebermos muitos peregrinos, muitos fidelenses ausentes, muitas pessoas que vêm para participar do novenário, dos festejos do santo padroeiro” – destacou o padre, que irá para a reitoria da Penha, onde cuidará da reitoria, de quatro comunidades e do Colégio Fidelense. Quem assumirá a Igreja Matriz será o Padre Marco Antônio, em dezembro, e ficará responsável pelos festejos de São Fidélis.

A Igreja Matriz de São Fidélis foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 2002, fazendo parte do chamado “Conjunto Histórico de São Fidélis”, que engloba ainda a Ponte Metálica e o Solar do Barão de Vila Flor, onde funciona a biblioteca e o museu da cidade. Sua construção iniciou-se em 1799, orientada pelos monges construtores, frei Victório de Cambiasca, frei Ângelo de Lucca e frei Thomaz Civitta de Castella, e aberta ao culto em 1809. Em torno da Igreja foram erguidas 40 rústicas choupanas. Colaboraram com a obra várias famílias de Campos e fazendeiros com terras próximas à Aldeia que cooperaram com escravos, bois, mestre de obra, oleiros, serralheiro e dinheiro.

O monumental templo chamou a atenção pela grandiosidade da obra, principalmente pela sua cúpula. Em linhas arquitetônicas de reflexo italiano, de gosto toscano em sua construção em cruz. A cúpula foi construída em Fevereiro de 1806. Não possui nenhuma estrutura de ferro e nem de madeira. É toda feita com tijolos presos entre si por uma massa composta de barro e óleo de baleia. A cúpula foi considerada por engenheiros, arquitetos e artistas, como a mais notável do Brasil Colonial. Curiosamente, seu campanário, separado do corpo da Igreja e sua fachada, que reflete a transição do renascimento para o barroco, parece terem sido inspirados, o primeiro na catedral de “Santa Maria Del Fiore” em Florença e o segundo na “Igreja de Jesus” em Roma, sendo esta uma construção jesuíta.

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