Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Paralisação começou às 22h desta segunda-feira. Segundo a FENTECT, funcionários são "contra a retirada de direitos, contra a privatização da empresa e negligência com a saúde dos trabalhadores em relação à Covid-19".
Fotos: SF Notícias

Funcionários dos Correios pararam as atividades por tempo indeterminado. Os cerca de 100 mil trabalhadores em todo o Brasil deliberaram greve nacional em assembleias organizadas pelos sindicatos filiados. As paralisações começaram às 22h desta segunda-feira (17), em locais que possuem terceiro turno. De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), os trabalhadores paralisaram as atividades contra a retirada de direitos, contra a privatização da empresa e negligência com a saúde em relação à Covid-19. “A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) junto aos sindicatos filiados tentam, desde o início de julho, dialogar com a direção dos Correios em torno da pauta de negociação. No entanto, além da empresa se negar a negociar, a categoria foi surpreendida desde o dia 1º de agosto com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021. Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, em uma atitude desumana impedindo tratamentos diferenciados e que garantem melhor qualidade de vida, pagamento de adicional noturno e horas extras” – informou a FENTECT. (continua após a publicidade)

Ainda de acordo com a FENTECT, os trabalhadores também lutam contra a privatização dos Correios, o aumento da participação dos trabalhadores no Plano de Saúde, gerando grande evasão, e “o descaso e negligência com a saúde e vida dos ecetistas na pandemia da Covid-19”. “Em uma verdadeira batalha judicial, a FENTECT e seus sindicatos tiveram que acionar a Justiça para garantir equipamentos de segurança, álcool em gel, testagem e afastamento dos grupos de risco e aqueles que coabitam com grupos de risco ou possuem crianças em idade escolar” – alega a Federação. Em nota os Correios afirmaram que “não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados. Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa”.

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