Ex-governadores Rosinha e Garotinho são presos em operação do MPRJ

Os ex-governadores e outras três pessoas são suspeitos de participação em um esquema de superfaturamento em contratos firmados entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht
Fotos: Reprodução

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), deflagra nesta terça-feira (03/09), a Operação Secretum Domus. Mandados de pisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Rio e em Campos dos Goytacazes, contra os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, e outras três pessoas. De acordo com o MPRJ, a denúncia, cujos pedidos de prisão e de busca e apreensão foram acatados pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos, foi formulada a partir de investigações sobre superfaturamento em contratos entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht, para a construção de casas populares dos programas “Morar Feliz I” e “Morar Feliz II”, durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita entre os anos de 2009 e 2016.

Ainda segundo o MPRJ, o esquema foi revelado após declarações prestadas ao Ministério Público Federal por dois executivos da empresa, por ocasião da formalização de Acordo de Colaboração, dentro da operação “Lava Jato”. A partir das informações prestadas, verificou-se que os procedimentos licitatórios para a construção das moradias foram flagrantemente direcionados para que a Odebrecht se sagrasse vencedora. Somadas, as licitações ultrapassaram R$ 1 bilhão custeados pelos cofres públicos municipais. O MP informou que as contratações foram superfaturadas e permeadas pelo pagamento sistemático de quantias ilícitas, em espécie, em favor dos ex-governadores.

Ainda segundo as investigações, foi possível apurar o recebimento do valor de R$ 25 milhões em vantagens indevidas pagos pela Odebrecht a título de propina, enquanto o município suportava prejuízos no valor mínimo de R$ 62 milhões em razão do superfaturamento das obras, as quais sequer chegaram a ser concluídas. Na mesma decisão, o Juízo da 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, deferiu o cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor da pessoa jurídica Construsan, subcontratada da Odebrecht para a realização de parcela substancial da obra, no valor de mais de R$ 140 milhões de reais. Rosinha e Garotinho foram presos em casa, no Flamengo, Zona Sul do Rio, e levados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte.

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