Estudantes de Pedagogia criam bonecas terapêuticas para ajudar crianças internadas, em Campos

Alunos e professores entregarão os brinquedos em um hospital da cidade nesta quinta (12)
Foto: Divulgação

Estudantes de Pedagogia de uma universidade de Campos, inspirados em um projeto que começou no Rio de Janeiro, com o objetivo de levar alegria e esperança para crianças acometidas por alguma enfermidade, confeccionaram bonecas terapêuticas para doação a meninos e meninas internados no Hospital Plantadores de Cana.

Ao todo, foram produzidas 27 bonecas e um boneco, sendo que em cada um deles foi representado algum problema de saúde. Para crianças em processo de tratamento de quimioterapia, por exemplo, serão doadas bonecas com a possibilidade de retirar e recolocar o cabelo.

Os alunos e professores também fabricaram bonecas com cicatriz no coração, com cicatriz no abdômen, com cicatriz nos pés, pernas e braços, com braços ou pernas engessados, entre outros.

Segundo Karla Osiris, professora responsável pelo projeto, ao identificar-se com a ‘enfermidade da boneca’, a criança consegue expressar suas vivências passadas ou presentes e aprende a externar e lidar com a sua dor, tristeza ou angústia e suas expectativas de cura. Karla reforça que a ludicidade ajuda a criança a pensar em sua condição enferma de forma mais positiva. Ainda segundo a docente, os brinquedos foram elaborados com materiais de baixo custo, como acrilon, lã para os cabelos e tecidos para roupas. 

A professora conta que desde 2016 bonecas terapêuticas são confeccionadas pelos alunos da instituição e, posteriormente, direcionadas a crianças em processo de tratamento.

A proposta desenvolvida pelos alunos em Campos se inspirou nas chamadas “Bonecas de Propósito”. A iniciativa foi criada pela aposentada Fernanda Candeias, em 2014, a partir do momento em que ficou tocada com a história de uma menina diagnosticada com seis tumores na cabeça, que ficava triste com a queda dos cabelos gerada pela quimioterapia.

Sendo assim, Candeias passou a confeccionar suas primeiras bonecas terapêuticas, com o intuito de criar um fator de identificação importante para elevar a autoestima das crianças, contribuindo com a humanização e o sucesso do tratamento médico. O projeto cresceu e, hoje, conta com um time de voluntários e parceiros, entre eles o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

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