As enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul entrarão para a história do Brasil como uma das maiores tragédias climáticas já registradas. Apesar do cenário desolador enfrentado pelas cidades gaúchas, a solidariedade se fez presente e o Brasil inteiro se mobilizou em prol do Sul. A ajuda chegou – e continua chegando – de várias partes do país.
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De São Fidélis foram enviadas doações de roupas, calçados, água, alimentos e até cartinhas para as crianças que estão enfrentando esse difícil momento (reveja AQUI). Já na ajuda humanitária, o estado gaúcho conta também com a presença de uma fidelense, a jovem Rebeca Blanco Gomes Barreto, de 24 anos, que é estudante de medicina.
Ao SF Notícias, a jovem, que está no último período da faculdade e se forma em um mês, contou como foi a ida para o sul. “Eu vim através de um projeto criado pela minha faculdade que é a Faminas – Muriaé, o projeto é Missão Faminas Rio Grande do Sul. Viemos em um grupo de 30 pessoas, entre os voluntários temos médicos, alunos de medicina do último período, estudantes de psicologia e psicólogos de Muriaé e Belo Horizonte” – conta.
O grupo está atuando como voluntário desde o dia 16 e seguirá até o dia 26. “Quando foi divulgado o projeto eu não tive dúvidas que queria me voluntariar, diante as notícias da tragédia senti a necessidade em ajudar” – destaca a fidelense. Eles estão alojados na casa de retiro Loyola, uma casa usada para eventos da igreja católica de Santa Cruz do Sul. “Mas, atuamos em municípios ao redor que foram mais atingidos como Sinimbu, Vera Cruz, Mariante. Candelária… alguns locais foram de difícil acesso devido às chuvas, como a Candelária que tivemos que passar por uma ponte flutuante feita pelo exército” – relata a estudante.
Rebeca falou ainda sobre a situação que o grupo encontrou quando chegou ao Rio Grande do Sul. “Os municípios vizinhos se encontravam em uma situação muito difícil, em que casas, fábricas, a cidade em si foi destruída. Muitos moradores inclusive não pretendem mais voltar para sua cidade devido à falta de emprego. Mas, apesar de tudo, o povo possuía muita esperança e toda a população estava reunida para ajudar os necessitados” – disse.
O grupo está atendendo não somente os moradores, mas também voluntários que atuam há vários dias seguidos. Eles atuam ainda com acolhimento, limpeza e também na separação das doações. “Acordamos bem cedo para nos preparar para sair rumo aos municípios que foram mais prejudicados, e só retornamos a noite. Nos reunimos em grupos para cada grupo atuar em uma localidade diferente. A nossa proposta não é somente voltada ao atendimento médico, mas sim para atender as necessidades dos municípios. Então durante esses dias realizamos atendimentos clínicos tanto para a população atingida quanto para os voluntários que estavam trabalhando (alguns há 21 dias seguidos), acolhimento da população, limpeza de alguns locais, atendimento psicológico e ajudamos a separar doações nos centros de distribuição” – relata.
Para a jovem, um dos momentos mais marcantes durante os dias como voluntária aconteceu nesta quarta (22). “Estávamos atendendo em um dos pontos de distribuição de doações e apareceu uma gestante que foi resgatada na enchente e perdeu tudo. Oferecemos a ela um atendimento ali naquele momento, mas ela estava tão abalada psicologicamente que não se sentiu pronta para ser atendida” – conta.
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