Imagem: Marlon Moreira de Souza/ maio de 2022
A semana começou com a entrada de uma frente fria, aliviando o calorão em algumas áreas do Brasil, e vai terminar com o belíssimo espetáculo astronômico. Na madrugada do dia 14 de março, todo o Brasil poderá apreciar um eclipse lunar total. O eclipse total da Lua acontece quando, no movimento natural da Terra, nosso planeta passa entre o Sol e a Lua. Em um determinado momento, a sombra da Terra escurece completamente a Lua, deixando o nosso satélite natural com um tom avermelhado, muito especial e bonito.
À Climatempo, o professor Marcos Calil, do Urânia planetário, explica porque este evento astronômico é especial: “Além da beleza natural, que é aquele aspecto avermelhado no ápice do eclipse, este evento é especial porque o próximo eclipse lunar total que poderá ser visível em todo o Brasil, como o desta próxima sexta-feira, 14 de março, só vai ocorrer em junho de 2029! Então, vale a pena fazer um esforço, dá uma acordadinha na madrugada da sexta-feira para apreciar esta lua cheia avermelhada.”
No início da madrugada de 14 de março, precisamente à 00h57min24s, a Lua entra na penumbra da Terra. Uma espécie de sombra mais fraca, causada pelo alinhamento entre Sol – Terra – Lua. Este é o chamado eclipse lunar penumbral. Em termos práticos, o que ocorre é um leve decaimento no brilho da Lua, perceptível principalmente nas cidades com pouca poluição luminosa. Mas quem curte observar a Lua com frequência, vai perceber que a Lua cheia vai ficar num tom cinza e não terá aquele brilho prata, típico da Lua cheia.
O momento mais belo do eclipse deve ocorrer às 03h 25min 59s. O professor Marcos Calil explica: “É neste horário que a Lua estará completamente imersa na sombra da Terra. Exatamente às 03h 59min 56s, teremos o momento máximo do eclipse lunar total. Alguns autores gostam de chamar esse momento de “Lua de Sangue”, provavelmente por causa do aspecto avermelhado da Lua. Vale ressaltar que neste momento máximo do eclipse, a Lua não desaparece no céu. O que muda é a cor do disco lunar. A Lua fica com um tom avermelhado. Mas a intensidade desse avermelhado depende de diversos fatores.”
O professor Marcos Calil alerta que não se deve esperar por um tom de vermelho intenso, como aparece em algumas fotografias de eclipses lunar total. Depois do ponto máximo do eclipse, conforme o movimento natural da Terra e da Lua, começa ocorrer o caminho inverso. A Lua pouco a pouco vai saindo da sombra escura da Terra e ocorre novamente o eclipse lunar parcial. Depois, acontece outro eclipse lunar penumbral, quando a Lua passa pela zona de sombra fraca da Terra.