Equipe médica faz cirurgia inédita pelo SUS para tratamento de próstata aumentada

Três pacientes foram operados. As cirurgias foram feitas pelos médicos urologistas Felipe Martins e Rodrigo Loureiro.

“Um alívio”, disse o aposentado Gelson Alves Machado, de 81 anos, após a cirurgia de enucleação de próstata feita no Hospital Geral de Guarus (HGG), que vai permitir a retirada definitiva da sonda que utilizava há três anos.

Gelson já planeja viajar para o Rio de Janeiro para visitar um filho e pintar a casa de uma sobrinha, atividades que estavam prejudicadas devido ao diagnóstico de hiperplasia de próstata, uma doença benigna causada pelo aumento da glândula que comprometia sua qualidade de vida. A mesma cirurgia foi feita em outros dois pacientes. As cirurgias foram feitas pelos médicos urologistas Felipe Martins e Rodrigo Loureiro.

“O principal benefício desta cirurgia é a durabilidade e o conforto porque a técnica entrega um grau máximo de desobstrução das vias urinárias, com a retirada da parte da próstata que atrapalha a saída da urina. Usamos um laser de alta potência para enucleação da próstata. Isto é um grande avanço”, explicou o urologista.

Além de Felipe, o cirurgião urológico Rodrigo Loureiro participou do novo procedimento no HGG. Ele é veterano na utilização da técnica em outras cidades e também na capital do estado. “A hiperplasia de próstata, conhecida como próstata aumentada, é uma doença degenerativa no processo natural de envelhecimento. Assim como as pessoas terão catarata ao envelhecerem, homens terão hiperplasia. E esta técnica representa otimização nos recursos de saúde. A necessidade de transfusão de sangue cai, reduzindo este impacto de previsão sanguínea, a necessidade de UTI na pós-cirurgia e outras questões. Se a doença não for tratada com eficiência, ela pode deteriorar a bexiga que, além do cérebro, é o único órgão que não pode ser transplantado”, explicou Loureiro.

Essa foi a primeira cirurgia com esta tecnologia pelo SUS, em Campos, e ela é feita pelo HGG, por ser referência em Emergência Branca. A técnica menos invasiva permite uma recuperação mais rápida pós-cirúrgica, garantindo o giro de leitos para beneficiar outros pacientes que chegarão.

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