Detran-RJ começa a implantar placa Mercosul

Rio de Janeiro é o primeiro estado a utilizar o novo modelo no Brasil. Troca de placas vai garantir mais segurança para a população

O Rio de Janeiro é o primeiro estado no Brasil a disponibilizar as placas do Mercosul. A partir desta terça-feira (11.09), os cidadãos fluminenses poderão ter acesso ao novo modelo, de acordo com as resoluções 729 e 733 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A troca não será obrigatória para todos os veículos. Quem quiser trocar a placa voluntariamente ou realizar operações que envolverem novas placas já receberão o modelo Mercosul. As operações são: emplacamento de carros zero quilômetro, transferências de propriedade, de jurisdição e de município, além de alteração de categoria e troca de placas danificadas.

O lançamento da placa será às 10h desta terça (11) no posto do Detran na Avenida Francisco Bicalho, com as presenças do ministro das Cidades Alexandre Baldy, do governador Luiz Fernando Pezão, e do presidente do DETRAN-RJ, Leonardo Jacob.

A nova placa vai dar maior segurança para os proprietários de veículos, evitando a possibilidade de clonagem. O novo modelo terá código único e conterá todos os dados de confecção da placa, como o número de série e identificação de seu fornecedor, além da data de fabricação. Inclui também o modelo do veículo, permitindo a rastreabilidade dela. Dessa forma, a autoridade policial identifica instantaneamente onde a placa foi confeccionada e a qual veículo pertence. Por consequência, se as características não coincidirem, será possível saber se o veículo é clonado ou não. O valor de fabricação da placa é o mesmo do modelo antigo (R$ 219,35).

Já a rastreabilidade do veículo será possível por meio de um aplicativo que o Denatran vai disponibilizar gratuitamente para as polícias até o fim de setembro. O novo aplicativo vai conferir ainda mais segurança aos usuários e vai estar acessível nas plataformas IOS e Android.

Outra necessidade para a implantação do novo modelo da placa é a proximidade do fim da combinação alfanumérica. Se a placa mantivesse a atual combinação (três letras e quatro números), nos próximos dois anos, não existiram mais novas sequências para contemplar toda a frota do país.

Além do QR Code, outro item de segurança da nova placa é a marca d´água, que evita a falsificação e praticamente impossibilita a clonagem. Os novos itens inseridos na placa auxiliarão o trabalho das polícias nas fiscalizações e fraudes. O modelo da placa Mercosul é bem diferente, onde cada item possui uma característica e representação. A primeira mudança que pode se notar é a visual. Ao contrário da placa que existe hoje, na cor cinza, as novas placas terão fundo branco com uma faixa azul na parte superior. O novo modelo possui quatro letras e três números.

Do lado esquerdo, na parte superior, está impresso o logotipo do Mercosul e logo abaixo, o QR Code. A placa ainda possui o distintivo BR e, no lado direito, a bandeira do país, seguida pela bandeira do estado e pelo brasão da cidade.

A categoria dos veículos será indicada pela cor da combinação alfanumérica: particular (preta), comercial/aprendizagem (vermelha), oficial (azul), especial (verde), diplomático (amarela) e colecionador (prateada). O tamanho continua o mesmo com 40 cm de largura e 13 de altura. A tarjeta da antiga placa passa a ser representada pelo brasão do município e não mais pelo nome da cidade de forma escrita.

O Brasil é o terceiro país do Mercosul a adotar a placa. Uruguai (2015) e Argentina (2016) foram os dois primeiros. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determinou que todos os estados devem implantar o novo modelo até o dia 1º de dezembro deste ano.

A mudança para o novo modelos de placas padrão Mercosul proporciona um maior controle das rotinas de produção e personalização das placas. Para combater a falsificação e o mercado irregular, o novo modelo possui diversos itens de segurança, como a pintura difrativa dos alfanuméricos, ondas sinusoidais e marcas d’água de segurança, além do Código Bidimensional dinâmico (QR-Code).

As tecnologias auxiliam no controle maior deste mercado, que vai desde a fabricação até o consumidor final. A possibilidade de rastrear os processos de produção do início ao fim, que a nova placa propõe, promove o controle de todos os processos e evita assim que ocorram eventuais irregularidades.

O que muda com o novo modelo de Placas Mercosul?

1- O sistema de cores diferentes para as diversas categorias continua?

Sim. Cada categoria tem uma cor específica. Mas agora a cor do fundo das placas será sempre branca, o que muda é a cor das letras e números. Para veículos de passeio, cor preta; para veículos comerciais, vermelha; carros oficiais, azul; verdes para veículos especiais; amarelo para diplomático e prata para colecionador.

2- Como é a sequência de caracteres alfanuméricos?

As novas placas possuem quatro letras e três números.

3- Como é a referência ao Estado e cidade?

O nome do país estará na parte superior da placa, sobre uma tarja azul. Haverá também a bandeira do estado e o brasão do município, que estarão à direita da placa, abaixo da bandeira do Brasil.

4- O tamanho da placa muda?

Não. A placa terá as mesmas medidas das já utilizadas no Brasil: 40 cm de comprimento por 13 cm de largura.

5- Quais as características de segurança da placa Mercosul?

Ondas sinusoidais

Gravadas a laser e de fácil identificação à longa distância.

Marcar d’água

Efeitos ópticos visuais gravados na película refletiva com as logos da Mercosul.

Inscrições de Segurança

Alteram de cor conforme o ângulo de visão

QR-Code

É o número de série criptografado, que confere identidade única à cada placa. Fornece as informações necessárias para o controle de rastreamento de todas as fases do processo de produção, desde a fabricação até a instalação da placa no veículo. Controlada pelo Denatran.

6 – Quem deve trocar a placa

A mudança não é obrigatória para todos. De acordo com a regulamentação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), todos os estados no Brasil deverão implantar o novo modelo até 1º de dezembro de 2018. A troca vai começar pelos veículos zero quilômetro a serem registrados (1ª licença), por aqueles em processo de transferência de jurisdição, de município ou propriedade ou ainda para aqueles que desejarem a mudança voluntariamente, placa danificada e troca de categoria do veículo.

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