Foi realizada nesta terça-feira (20/08) na representação Norte Fluminense da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan-NF), uma reunião de trabalho para debater a construção do contorno da BR-101 entre os quilômetros 55 e 84, no município de Campos dos Goytacazes. A proposta é tirar da área urbana de Campos, o tráfego pesado de veículos que cortam a cidade pela rodovia, umas das mais movimentadas do país. O encontro foi organizado pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf). Entre as autoridades e representantes de diferentes órgãos e entidades que acompanham o processo, estava o superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marcelo Alcides, vindo de Brasília para a reunião, e o gerente de Investimento da Arteris, controladora da concessionária Autopista Fluminense, Alisson Freire. (continua após a foto)
O superintendente da ANTT lembrou que o contorno em Campos será uma das três maiores obras do gênero no país, junto com outros dois contornos: o de Florianópolis-SC e o de Curitiba-PR. E que dentro do atual projeto funcional, a viabilidade é maior. “O outro projeto, com área mais ampla e pista com faixas duplas, demandaria novos estudos e maiores custos, inclusive com desapropriações, o que acarretaria em custos maiores e maior prazo de conclusão”, explicou. O projeto funcional foi mostrado em projeção de slide e participantes apresentaram sugestões de alteração para “fechar” o projeto executivo, com destaque para a inclusão de “alças” ligando o contorno a vias importantes da região, como a BR-356, de acesso ao Noroeste Fluminense, e a RJ-158, de ligação a São Fidélis e Região Serrana.
O prefeito de Campos, Rafael Diniz sugeriu a formação de um grupo para incluir as alterações no projeto e encaminhar à ANTT ainda na próxima semana. O gerente de Investimento da Arteris calculou que até as obras começarem, todo o processo, incluindo o fechamento do projeto executivo, os licenciamentos ambientais e as desapropriações, deve durar cerca de 24 meses. “É um prazo considerado bom. Já o período de construção deve durar 36 meses”, avaliou, acrescentando que as obras devem custar cerca de R$ 150 milhões.