Conheça a história do mascote do Flamengo

Imagem de Espelho Social por Pixabay

O Clube de Regatas do Flamengo é um dos maiores times de futebol brasileiro, conhecido por sua história, uma torcida gigante e momentos que marcaram gerações, além de ser um dos clubes mais famosos quando o assunto é aposta esportiva. Hoje vamos conhecer a história do mascote do flamengo, um dos símbolos mais importantes para o clube.

Entre os diversos ícones que fazem parte da identidade do clube, o mascote desempenha um papel especial. Embora o Flamengo seja associado ao urubu, e carregue esse apelido até no nome de seu CT,  o mascote que conhecemos hoje tem uma história curiosa, cheia de simbolismo e que reflete a trajetória do clube ao longo das décadas.

O marinheiro Popeye

Na época em que o Flamengo era voltado exclusivamente para o remo, nos primórdios do clube, a imagem do marinheiro Popeye foi adotada informalmente como mascote.

O personagem, famoso por sua força e coragem, representava bem o espírito competitivo do clube nos esportes aquáticos. Com o crescimento do futebol no Brasil e a entrada definitiva do Flamengo na modalidade em 1912, a identidade visual do clube começou a se transformar.

O surgimento do urubu

Apesar do urubu ser um símbolo aclamado entre a torcida flamenguista, a sua história é resultado de preconceito sofrido pelos torcedores. Nos anos 1960, era comum que os torcedores rivais utilizassem o termo “urubu” de forma pejorativa para se referir à torcida rubro-negra.

O apelido tinha conotação racista, associando os torcedores a algo marginalizado e depreciativo, uma vez que o clube era tido como um dos mais populares do Rio de Janeiro, inclusive em comunidades, onde a maioria da população era negra.

Entretanto, em uma das mais emblemáticas demonstrações de resiliência e criatividade, os flamenguistas resolveram abraçar a figura do urubu como símbolo de orgulho, e a história do mascote do flamengo começou a ser escrita em um episódio histórico durante um clássico contra o Botafogo no Maracanã.

Na ocasião, torcedores levaram um urubu vivo ao estádio e o soltaram no gramado, amarrado a uma bandeira rubro-negra. Na ocasião, o clube quebrou um jejum de quatro anos sem vitórias contra o rival, o que levou o urubu a ser ainda mais aclamado.

O Urubu Rei

Em 1979, a figura do urubu foi oficializada de forma definitiva com a criação do “Urubu Rei”, desenhado pelo cartunista Henfil, um dos maiores nomes do humor gráfico brasileiro.

A ave foi retratada de forma imponente, vestida com o uniforme do Flamengo e com uma postura confiante. A criação de Henfil definiu de uma vez por todas o urubu como mascote oficial e deu a ele uma personalidade que conquistou os torcedores.

Nos últimos anos, o mascote do Flamengo passou a ter uma presença ainda mais marcante nos estádios e eventos do clube. O Urubu Rei ganhou uma versão em fantasia, que interage com os torcedores durante os jogos e festas.

O Urubu Rei também desempenha um papel importante na comunicação do clube, sendo utilizado em campanhas publicitárias, materiais promocionais e em interações com a torcida.

A transformação do urubu de um termo discriminatório em um símbolo de orgulho é um exemplo da força da torcida rubro-negra. O mascote do Flamengo é uma parte viva da história do clube, que a cada dia tem se tornado maior.

Nos últimos anos, o clube conquistou títulos expressivos, como Brasileiro, Copa do Brasil e a Glória Eterna da Libertadores, que fez com que o rubro-negro atraísse ainda mais torcedores e fosse destaque em plataformas como a esporte bet, e em todos esses momentos, o urubu esteve presente.

Essa história não é apenas a história do mascote do flamengo é um lembretre de como o preconceito sempre esteve presente, mesmo dentro das quatro linhas, mas também um símbolo de resistência e coragem da torcida. Cada vez que o Urubu Rei aparece, seja no Maracanã ou em qualquer outro lugar, ele reafirma o espírito indomável de um dos maiores clubes do Brasil.

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