Com R$ 6 milhões em dívidas, prefeitura de Cordeiro pode decretar estado de calamidade financeira

Veículos em péssimo estado de conservação e sucateados

O novo prefeito de Cordeiro estuda a possibilidade de decretar estado de calamidade financeira. Segundo Luciano Batatinha e a vice-prefeita, Maria Helena, a prefeitura está pior que imaginavam. A cada instante são apurados novos casos, envolvendo questões administrativas e jurídicas, que são estudadas caso a caso. O caos é inimaginável e o prefeito estuda a possibilidade de decretar estado de calamidade para tentar equilibrar débitos deixados pela gestão anterior.

“Maria Helena e eu estamos trabalhando diuturnamente para resolver as questões emergenciais. Limpeza urbana, veículos irregulares, pagamentos atrasados, escolas em péssimo estado e ausência de medicamentos são apenas a ponta do iceberg. Monitoramos as ações e vamos tratá-las dentro da legalidade”, confirma Luciano.

Apontando o momento como caótico, o prefeito tem observado ruas mal conservadas, inclusive com acúmulo de toneladas de lixo e entulhos em diversos pontos da cidade, como no Retiro Poético, maior e mais populoso bairro da cidade, onde tais questões são ainda mais visíveis.

Lixo e entulho por toda a cidade

A maioria absoluta dos carros pertencentes à municipalidade está em estado vexatório e não pode sequer ser utilizada. Muitos deles estão sucateados e outros em desconformidade com as leis de trânsito vigentes, pois em alguns casos nem mesmo a documentação se encontra regularizada.

Entre as situações que Luciano e Maria Helena julgam ser inadmissíveis está o atraso deixado pela administração passada quanto aos pagamentos do funcionalismo. Os inativos ainda não receberam 13º e salários de dezembro. Já com os ativos efetivos o atraso se refere à folha de dezembro, enquanto que comissionados da administração não receberam 13º, mesma situação dos contratados e conselheiros tutelares, e os comissionados da saúde estão com 13º e dezembro em atraso.

Entre folha de pagamento e obrigações patronais, a dívida deixada pela administração anterior com o funcionalismo efetivo se aproxima dos R$ 2,5 milhões. Com o IPAMC (Instituto de Pensão e Aposentadoria de Cordeiro) os números apontam R$ 1.007 mil devido aos inativos e pensionistas. No total, as cifras ultrapassam a casa dos R$ 3,5 milhões.

Além disso, ao Hospital Antônio Castro são devidas, a título de repasses, quatro parcelas de R$ 500 mil, totalizando R$ 2 milhões, mais o que deveria ser destinado ao pagamento dos servidores da entidade hospitalar, algo em torno de R$ 1 milhão. Ou seja, R$ 3 milhões de débito. “Só até aqui já falamos sobre dívidas de mais de R$ 6 milhões”, se alarma Luciano.

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