Com 5G, antenas parabólicas vão parar de funcionar e mais de 9 milhões de lares terão que custear troca

Famílias que estão no cadastro único terão a migração custeada a partir dos recursos arrecadados com o leilão do 5G. Já as famílias que não estão terão que pagar

Como o SF Notícias havia noticiado no último dia 02, com a chegada do 5G, antenas parabólicas vão parar de funcionar, já que as antenas parabólicas e rede 5G utilizam a mesma frequência, o que pode causar interferência. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definiu as regras do leilão para a oferta de banda larga móvel na tecnologia 5G. Uma delas implicará que mais de 9 milhões de pessoas arquem com a compra de novos equipamentos de TV por parabólicas. Em razão de interferências no serviço de transmissão para parabólicas (TVRO) por redes de 5G em uma das faixas (3,5 GHz), a Anatel decidiu que esse serviço audiovisual não poderá mais ser prestado como é hoje.

Outra opção discutida era a possibilidade de instalar filtros nas antenas para tentar mitigar a interferência. Essa solução acabou não sendo acolhida pela maioria dos integrantes do conselho da agência. “Fizemos testes com 5G, um serviço adjacente do TVRO [transmissão por parabólicas], que usam entre 3,7 e 4,2 GHz. Constatou-se interferência do 5G no serviço de TVRO. O 5G respeita seus limites de transmissão, mesmo assim os receptores das parabólicas são muito ruins”, explica o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Karam. Com isso, as transmissões deverão migrar para outra faixa, denominada banda KU.

Hoje, a Anatel estima 20,7 milhões de lares que têm TV por parabólica, sendo 17 milhões de parabólica por sinal aberto (o restante tem TV por assinatura). Desses, 8,3 milhões estão no cadastro único e terão a migração custeada a partir dos recursos arrecadados com o leilão. A distribuição dos kits será feita por uma entidade a ser criada com essa finalidade. O custeio inclui também a instalação dos novos equipamentos. Outros 9,2 milhões terão de trocar os equipamentos com seus recursos. A previsão da Anatel é que o kit instalado custe R$ 250.

O prazo para distribuição, aos usuários, dos kits de recepção da Banda Ku será de 18 meses. Assim, haverá transmissões simultâneas dos canais escolhidos na Banda C e no satélite selecionado, durante esse prazo – que pode ser prorrogado mediante decisão do GAISPI, por prazo não superior a 31 de dezembro de 2025. Segundo levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2017, 6,5 milhões de residências no país ainda contam apenas com a parabólica para assistir à TV.

Com informações: redação SF Notícias / Agência Brasil

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