Casos de dengue no estado do Rio de Janeiro crescem 177% em 2022

O aumento dos casos está relacionado a circulação da dengue tipo 2, mesmo vírus que circulou no RJ em 2007 e 2008 e que "causou uma das piores epidemias de dengue da história do estado"

Os casos de dengue no estado do Rio de Janeiro cresceram 177,6% nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostrou que, em relação a 2020, o aumento foi de 20,5% nos casos registrados. A análise faz parte do terceiro boletim epidemiológico de dengue de 2022, que compara as semanas epidemiológicas 01 a 19 (08.05 a 14.05) dos anos de 2020, 2021 e 2022.

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Em vídeo divulgado pela SES, o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe, atribuiu o aumento da ocorrência de dengue à circulação da dengue tipo 2, mesmo vírus que circulou no Rio de Janeiro em 2007 e 2008 e que, segundo o secretário, “causou uma das piores epidemias de dengue da história do estado”. A dengue tipo 2 (sorotipo DENV-2) é predominante no estado, sendo registrada em 31 dos 92 municípios, o que equivale a 33,7% do seu território.

Dos 4.178 casos registrados neste ano,1.672 foram notificados na capital, que tem taxa de transmissão de 24,8 por 100 mil habitantes. Quando esse índice ultrapassa 300 por 100 mil habitantes, considera-se um cenário de alta transmissão, ou epidemia. As regiões Noroeste e Norte apresentam alta transmissão sustentada da doença, com 1.328 casos nos cinco primeiros meses deste ano e a taxa de incidência ultrapassando o limite endêmico. Na Região Noroeste, a taxa de incidência é a mais alta do estado, com 248 casos por 100 mil habitantes. A Região Norte vem em segundo lugar, com 48 casos por 100 mil habitantes.

A secretaria reforçou a importância da população tomar cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. Entre as ações recomendadas estão: não deixar água parada; limpar e esvaziar os pratos de vasos de plantas; manter caixas d’água, cisternas e outros recipientes de armazenamento de água bem fechados e evitar deixar garrafas e pneus em locais que possam acumular água.

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