Capela de Nossa Senhora das Dores é invadida pela segunda vez em menos de uma semana

Criminosos atacaram o Sacrário e levaram a âmbula, mas despejaram as reservas Eucarísticas sobre a bancada do tabernáculo. "Isto caracteriza ato de excomunhão automática e um ato sério de intolerância religiosa", disse o Bispo Diocesano Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz

Mais uma capela foi alvo de criminosos em nossa região. A Capela de Nossa Senhora das Dores, que fica na localidade de Martins Laje, próximo da BR-356, foi invadida pela segunda vez em menos de uma semana. Embora esteja na cidade de Campos, a Capela pertence ao território da Quase-Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no distrito de Barcelos, em São João da Barra. De acordo com o administrador paroquial Padre Elênio de Barros Abreu, na primeira invasão os bandidos levaram os fios de cobre dos fundos da Igreja. Na segunda invasão, registrada no último sábado (05/06), criminosos atacaram o Sacrário e levaram a âmbula, mas despejaram as reservas Eucarísticas sobre a bancada do tabernáculo. Para ter acesso ao interior da capela, os invasores quebraram duas portas que dão acesso a Igreja.

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“Só ficamos todos muito sentidos, pela falta de consideração e tão frio está a marginalidade. A comunidade é simples e de muitas dificuldades para ter e manter a capela. E muito mais sentidos por terem violado o Sacrário que consideramos nosso maior tesouro”, afirmou Pe. Elênio. Para o Bispo Diocesano de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrerìa Paz, assistir a mais este caso de violência as igrejas é uma lástima, pois preocupa outro arrombamento predatório de uma capela.

“Sim, houve um roubo de fiação de cobre, mas houve também o arrombamento do sacrário, com o a colocação das hóstias no chão. Isto caracteriza ato de excomunhão automática. Entretanto, a leitura não é simplesmente um roubo, mas o atentado à liberdade religiosa, a fé cristã. É outra invasão, o que mostra que a segurança das Igrejas deixou de existir. Implica também em fazer uma análise mais abrangente, que faz uma conclamação a atacar as imagens e a eucaristia das Igrejas católicas, assim como fazem também ao depredar os terreiros afro-brasileiros. Isto é uma lástima, pois configura não só rasgar a constituição, com as garantias da liberdade religiosa, das liturgias, mas ofende. É necessária uma reação, não é um fato de uma mera ocorrência, de boletim policial, mas onde a Secretaria de Direitos Humanos, possa agir para dar um basta a este tipo de depredação de templos, que configura um ato sério de intolerância religiosa”, declarou Dom Roberto.

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