“Caminho do Mar”: Com cenas gravadas em Itaocara e São Fidélis, filme será exibido no Fórum Mundial da Água

Filme conta a história do Rio Paraíba do Sul, desde a nascente até a foz
Fotos: Vinnicius Cremonez

Será exibido no próximo dia 20, dentro do Green Film Festival, que acontece no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, o documentário longa-metragem “Caminho do Mar”, que conta a história do Rio Paraíba do Sul. Algumas cenas do longa foram gravadas em São Fidélis, com moradores e o presidente da Colônia de Pescadores, Sirley Ornelas, e com o Projeto Piabanha, em Itaocara.

Ao todo, são 86 minutos mostrando a degradação, a poluição, o desenvolvimento econômico, a vida das pessoas que dependem ou que possuem uma forte ligação com o rio, discutindo temas da atualidade, como a escassez hídrica e a cultura ribeirinha, além da situação do Paraíba em cada cidade ao longo dos seus 1.150km, desde a nascente, no município de Areias em SP, até sua foz, na praia de Atafona, em São João da Barra. O longa faz um alerta a sociedade e aos governantes sobre a preservação do meio ambiente, em destaque, o Rio Paraíba do Sul, que sofre com a poluição.

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“O filme revela o que poucos sabem: que o Paraíba do Sul não é apenas o rio barrento que avistamos da rodovia Dutra. É muito mais do que isso: o rio ainda tem momentos de águas correntes, límpidas e piscosas, apesar de todo impacto das ações humanas por décadas e séculos”, destaca Juliana de Carvalho, responsável pela ideia do projeto e produção do documentário.

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“Caminho do Mar” é um filme de causa sobre o rio que ajudou a formar e abençoou o Brasil. Mas pouco sabemos sobre ele. “Este não é um rio ‘pop’, como o Amazonas ou mesmo o São Francisco, mas motivos para ser não lhe faltam. Há muito que ver, conhecer e mostrar e é o que o filme “Caminho do Mar” fará”, revela Bebeto Abrantes, diretor e roteirista.

“Vamos mostrar os problemas, a parte onde ele (rio) é bonito, onde ele é lindo, ali na nascente. O encontro do Rio Paraitinga com o Paraibuna, que formam o Paraíba do Sul. A gente vai mostrar que ali ele é limpo ainda. Depois passa pra parte que a gente chama de São Paulo fabril, que é Jacareí, São José dos Campos, Pindamonhangaba, que é onde ele sofre um ataque, a gente poderia chamar assim, da poluição, falta de tratamento de esgoto doméstico e industrial, jogados diretamente no rio.rio paraiba do sul, o fime 5 Tem alguns lugares que a gente chama de boas práticas, onde tem tratamento do esgoto doméstico. Todo mundo pensa nas fábricas, mas não são só as fábricas. Hoje elas ainda são obrigadas a fazer um tratamento de esgoto. Agora, a população não é obrigada a fazer, então tem que ter essa consciência. O esgoto que ela joga da casa dela, vai refletir em todo rio, e prejudica as pessoas em algum momento, na cidade dela ou em outra cidade. É muita história, é muita vida, é muito peixe envolvido nisso tudo”, disse a produtora Keilla Chimite em uma entrevista cedida ao SF Notícias em 2015, durante as gravações em Pureza, distrito de São Fidélis.

O lançamento oficial do longo irá ocorrer no dia 7 de junho. De acordo com os produtores, existe um projeto para exibir o longa em praças públicas de algumas cidades ao longo do caminho que o Rio Paraíba percorre, entre elas, São Fidélis.

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