Brasil bate recordes de mortes por Covid-19 e tem crescimento na ocupação de leitos de UTI em vários estados

Para pesquisadores, os dados alarmantes constituem apenas a "ponta de um iceberg" de uma intensa transmissão no país. Eles ressaltam a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais

Imagem: Fiocruz

Pela primeira vez, desde o início da pandemia, está sendo notado, em todo o país, o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos, de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de SRAG, alta positividade de testes e a sobrecarga de hospitais. Há semanas o Brasil bate recorde de mortes por Covid-19. Nas últimas semanas foram registradas as maiores médias de óbitos por semana epidemiológica, nos dias 13 e 28 de fevereiro pela primeira vez houve mais de 1.200 óbitos registrados em um único dia. Na última semana epidemiológica do mês, de 21 a 27 de fevereiro, foram registrados uma média de 54.000 casos e 1.200 óbitos diários por Covid-19.

Os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz alertam que, embora os dados sejam alarmantes, constituem apenas a “ponta de um iceberg” de um patamar de intensa transmissão no país. Dados sobre casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no país – relativos ao Sistema Único de Saúde – verificados em 1º de março, em contraponto aos observados em 22 de fevereiro, mostram crescimento rápido a partir de janeiro. Dezoito estados e o Distrito Federal têm ocupação de leitos de UTI para Covid-19 acima de 80%. Desses, 10 estão com lotação acima de 90%. É o pior cenário em relação às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos em vários estados e capitais, que concentram a maior parte dos recursos de saúde e as maiores pressões populacionais e sanitárias que envolvem suas regiões metropolitanas.

Diante desse quadro, os pesquisadores ressaltam a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.

Com informações da Fiocruz

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