Associação de Imprensa Campista apóia ato pela inclusão do Jornalismo na lei de pisos salarias do RJ

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Foto: Reprodução / AIC.

No dia 19 de março de 2015, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o reajuste de 9% para todas as faixas do piso salarial regional, dividida por faixas. A profissão de jornalista, antes não contemplada, foi incluída na faixa 8, com piso de R$ 2.432,72. No entanto, o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, não deu carta branca para a proposta. Apesar de sancionar o reajuste para as outras áreas, Pezão vetou a inclusão dos jornalistas, o que causou revolta para a categoria, que alega que o governo cedeu a uma pressão de um pequeno grupo de empresários, donos de órgãos de imprensa, que levantaram a tese de demissão de vários funcionários, por insuficiência financeira de suas empresas.

Na última terça-feira (14), vários jornalistas foram até a sede da Alerj, e fizeram um protesto contra a decisão. O movimento foi maior na internet, com vários posts contendo a ‘hashtag’ #liberaopisoalerj, nas redes sociais, feitos em grande maioria pelos estudantes de jornalismo. O estado do Rio de Janeiro é o único, entre os grandes mercados de trabalho, em que os jornalistas não fazem parte da lista de piso salarial. Em São Paulo, por exemplo, os valores estão atualmente em R$ 2.627 para ações coletivas de assessorias de imprensa, R$ 2.342 em jornais e revistas e R$ 1.955 em emissoras de rádio e TV, com jornada de cinco horas de trabalho.

Indo de encontro com a insatisfação dos jornalistas da capital, a Associação de Imprensa Campista (AIC), de Campos dos Goytacazes, divulgou uma nota nessa sexta-feira (17), manifestando apoio aos companheiros de promissão.

Confira a íntegra da nota abaixo:

A Associação de Imprensa Campista reitera o seu apoio à campanha pela inclusão dos jornalistas na lei do salário mínimo regional (RJ), na faixa 8, como consta da proposta vetada pelo governador Luiz Fernando Pezão.

A entidade reivindica dos deputados estaduais uma posição altiva e independente, por meio da derrubada do veto do governador, fazendo valer a voz dos trabalhadores que devem encontrar eco em seus representantes no parlamento.

Não é admissível que a pressão de um pequeno grupo de empresários da comunicação defina o posicionamento do governador de um estado, muito menos dos representantes do povo no Poder Legislativo.

A inclusão dos jornalistas na lei dos pisos do estado é justa, necessária e viável economicamente. Qualquer argumentação em contrário apenas procura acentuar a exploração da mão de obra da categoria, precarizar e, em última instância, deteriorar a possibilidade de que se ofereça um jornalismo de qualidade para a população.

Campos dos Goytacazes, 17 de Abril de 2015
Diretoria da Associação de Imprensa Campista

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