Árvore com cerca de 300 anos é identificada na APA Mata do Posto em Cordeiro

O ambientalista, Juran Santos, e Franco Carlos Estebanez, parceiros no projeto Aventura Animal, fizeram os registros e a identificação da espécie foi feita pelo dendrólogo e produtor de mudas de árvores nativas, Bruno Ferrari

O projeto Aventura Animal, que atua em Cordeiro, Bom Jardim, Friburgo e Santa Maria Madalena, na Região Serrana do Rio, segue favorecendo o conhecimento biológico do bioma da Mata Atlântica, com registros que são importantes ferramentas para a conscientização da população quanto aos cuidados com a fauna e flora da região. Prova disso é que recentemente, através do projeto foi identificada uma árvore centenária na APA Mata do Posto de Cordeiro.

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O ambientalista Juran Santos e Franco Carlos Estebanez, parceiros neste projeto, fizeram a identificação e entraram em contato com um especialista para reconhecer a espécie. “O projeto está dentro da mata e agente acaba se deparando com algumas espécies, como outras árvores que tem lá também e estão sendo levadas para identificação. Achar uma árvore dessa é algo surreal” – disse Juran.

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Segundo Bruno Ferrari do Amaral, Dendrólogo (identificador de árvores) e Produtor de mudas de árvores nativas, a árvore trata-se de uma Gingiba ou Sapopema. O nome da espécie é Sloanea obtusifolia, da família Elaeocarpaceae.

“Esta árvore se encontra na lista de espécies protegidas, categorizada como vulnerável de extinção. São árvores raras na região. Majestosas de grande porte podendo alcançar 35m de altura. Uma característica marcante são suas raízes tabulares (em formato de uma grande de saia) que ajuda a dar equilíbrio a sua grande estrutura. Seus frutos são consumidos principalmente por aves que fazem o papel de dispersar suas sementes” – explica. Pelo porte da mesma, acredita-se que ela tenha cerca de 300 anos.

O Dendrólogo destaca que a árvore é um indicador de saúde daquele fragmento florestal. “Sinal que aquele ambiente não sofreu muita ação antrópica, e tem uma ótima importância ecológica e genética. Sendo uma “ilha de dispersão” de espécies importantes para regeneração do seu entorno” – frisa.

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