
Você que é morador de São Fidélis já deve ter percebido alguma mudança na paisagem nos últimos dias. Vegetação seca, os bancos de areia, as pedras que vão aparecendo a cada dia que passa ao longo do leito do Rio Paraíba do Sul. São efeitos da seca que atingem não só São Fidélis, mas cidades vizinhas que já sofreram com a estiagem nos últimos anos. Segundo a última atualização do Monitor de Secas da Agência Nacional da Água (ANA), o Rio de Janeiro registrou seca fraca em 93,79% de seu território em julho, o que representa quase o dobro da área com o fenômeno em junho: 50,11%. Julho é um mês típico de estiagem no estado. Apesar das chuvas observadas terem sido em torno do normal, o acumulado no trimestre apresenta desvios negativos mais expressivos, que sugerem o avanço da seca fraca em direção ao Norte Fluminense até a divisa com o Espírito Santo. Entre junho e julho, as áreas com seca fraca quase dobraram no Rio de Janeiro, saltando de 50,11% para 93,79% do total (veja mapa no final). Para a agência, os impactos permanecem de curto prazo. (continua após a publicidade)
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca. O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. No estado do Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) é o órgão que atua no Monitor de Secas.