Acidente na P-36 completa 17 anos hoje: 11 petroleiros morreram

Ocorreram duas explosões na plataforma que afundou cinco dias após o acidente
Fotos: reprodução

Há 17 anos, em um 15 de março como hoje, o País era acordado com a notícia de que uma plataforma na Bacia de Campos havia passado por duas explosões e os trabalhadores haviam deixado a unidade no início da manhã. A enorme estrutura de metal, da então maior plataforma do mundo, começava a adernar e, cinco dias depois, afundaria completamente, levando nove corpos de trabalhadores, de um todal de 11 mortos.

De acordo com relatório conjunto emitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pela Marinha, a principal causa das explosões foi um problema no fechamento de uma válvula. Os técnicos também apontaram erros de manutenção e deficiência no projeto da plataforma.

Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, o momento é muito crítico e vivemos o risco iminente de uma nova tragédia. Na época do caso P-36, o País “vivia uma série de privatizações, de destruições, de vazamento na Baía de Guanabara, de vazamento no rio Paranagua”. Ele adverte que “é muito do que a gente vive hoje também. A gente vai embarcar e é efetivo reduzido, é o cara que não está treinado tendo que assumir um posto de trabalho por que se não assumir a chefia manda cartinha assediando”.

Bezerra destaca que houve conquistas na área de segurança depois da tragédia, frutos das lutas dos trabalhadores, como as Cipas por plataforma, os embarques de sindicalistas para reuniões de Cipa e as participações de representantes do Sindipetro-NF nas comissões que investigam acidentes, mas que tudo isso está sob ameaça em razão do cenário político neoliberal que retornou ao País.

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