A falta de vitamina D pode engordar

Fotos: Reprodção
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Para garantir ossos saudáveis e uma vida mais longa, o consumo de vitamina D é fundamental. Mas pouca gente sabe que ela influencia também o controle do peso.

Ela não é queridinha dos profissionais de saúde à toa: a vitamina D tem diversas propriedades. Como já se sabe, é fundamental para a saúde dos ossos, e não é só isso. Pesquisadores ingleses comprovaram que a substância também age no coração, cérebro e no mecanismo de proliferação e inibição das células. Além disso, é eficaz no fortalecimento do sistema de defesa do organismo, auxiliando no combate de doenças como diabetes, hipertensão, esclerose múltipla e doença de Crohn, pois tem o poder de modular o sistema imunológico.

Por outro lado, a falta de vitamina D pode acarretar diversos problemas para a saúde, sendo que um deles pouca gente imagina: o aumento do peso. Isso porque a escassez dessa substância altera a produção de insulina, hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue e ingresso de glicose nas células – a queda brusca da glicemia é um dos principais estímulos para o aumento do apetite. A deficiência da vitamina faz com que o nosso organismo resista à ação da insulina e, com isso, sinta a necessidade de produzir ainda mais esse hormônio, provocando a sensação de fome. Por causa desse desequilíbrio hormonal, o déficit de vitamina D faz com que a pessoa coma sem obter a saciedade, aumentando seu peso.

Suplementação de vitamina D?

É imprescindível a exposição ao sol, que ativa a produção de vitamina D na pele por meio dos raios ultravioletas (UVB). Também é possível obter pequenas quantidades da vitamina na dieta, em alimentos como leites e derivados, ovos e óleo de fígado de peixe. “Em média, um adulto precisaria consumir 5 mCgs por dia de vitamina D e idosos, em geral, 10 mCg/dia”.

Como é difícil chegar a essa quantidade apenas com a alimentação, existe também a possibilidade de repor a vitamina D sob forma de suplementação, desde que haja orientação de um profissional, para não haver uma hipervitaminose. Vale lembrar que, em grande quantidade, essa vitamina pode causar cálculo renal, por acúmulo de cálcio nos rins, e até osteopetrose, doença em que o excesso de cálcio na estrutura óssea a torna mais propensa a fraturas.

GIZELE ANDRADE PIRES

NUTRICIONISTA

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