Secretário de Saúde apresenta valores de repasse para o Hospital Armando Vidal

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Foto: Arquivo.

O encerramento das atividades de Emergência e Maternidade no Hospital Armando Vidal, principal unidade de saúde de São Fidélis, ganhou mais um capítulo na manhã desta sexta-feira (21.08). Em uma entrevista dada ao SF Notícias, o Secretário Municipal de Saúde, Claudinei Bragança, apresentou documentos que comprovam um repasse superior ao que é pedido pela presidência do hospital para investir nas áreas citadas, o que causaria superávit mensal e anual, ao contrário do déficit que foi divulgado.

Segundo dados de uma planilha de valores, o repasse da Prefeitura totaliza R$ 624.937,35, sendo R$ 306.683.98 destinados para serviços de emergência. De acordo com o disposto no documento, no primeiro semestre, os gastos apresentados pelo hospital foram de R$ 195.700,98, o que dá um saldo positivo de R$ 122.522,40 mensal e R$ 1.470.628,80 anual.

– Eu posso até assumir a emergência, que é um dever da Prefeitura. A população não merece ser punida. Porém, eu estou provando que me pedem em notificação R$ 290.000,00, o que é menos do que está sendo repassado para urgência e emergência, os R$ 306.683,98. Então, o direito da Secretaria de Saúde da Prefeitura é líquido, certo e existível, um direito bom. Porém, o Prefeito deliberou ontem que, se eles não têm mais condições, realmente, de fazer, a gente vai buscar um prazo para que possa atender a população com esse recurso que eles vão deixar de receber. A gente precisa aguardar a definição do promotor, que eu também não sei o que eles vão dizer. Mas o que a gente pretende hoje é mostrar a verdade dos fatos, e tranquilizar a todos, que a Prefeitura está se movimentando no sentido de, caso haja necessidade, a gente vai assumir. – disse o secretário.

Fotos: Manuela Escalla

Em meio à polêmica, uma audiência acontecerá às 13h desta sexta, em Campos dos Goytacazes, para decidir o que será feito e se o Hospital Armando Vidal vai mesmo, ou não, repassar a Emergência e a Maternidade para a Prefeitura. Para isso, o déficit precisa ser comprovado. Segundo uma coletiva de imprensa dada pelo vice-presidente da unidade, Nelson Navega, na semana passada, atualmente os valores estão negativos em R$ 290.000,00 por mês, além da dívida crescente de mais de R$ 2.000.000,00. Independente do resultado após a audiência, o Secretário de Saúde garante assistir a população, caso seja necessário.

– Não adianta ficar nesse embate jurídico, apesar da gente estar cheio de razão, se eles não têm condição de comprar remédio pra atender, um soro, não tem condição de pagar um funcionário… Não sei o porquê, já que o dinheiro está aqui. Mas alegam não ter condição. Talvez seja pelo déficit anterior. Mas a gente não vai deixar a população desassistida. Aí discute depois, eles com a justiça, porque não vai caber mais à Prefeitura. Vão querer saber aonde está esse superávit que eu alego, e onde está o déficit que ele alega. Esse dinheiro é para a saúde, não é para pagar dívida do passado, convênio do passado. É pra saúde, pra prestação de serviço. (Na audiência) A gente vai estabelecer na hora, ver o que vai ser passado, como vai ser passado, ver o que vamos ter condição de fazer, o que vai acontecer com os funcionários deles, porque nós não vamos assumir questões trabalhistas. Não adianta ganhar na justiça e eles não terem dinheiro para cumprir. Essa é a preocupação do Prefeito Fenemê e a minha preocupação, enquanto Secretário, com a população. – finalizou Claudinei.

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