Com salários atrasados, motorista paralisa transporte e alunos ficam sem estudar em Pureza

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Fotos: André Moraes / Manuela Escalla

Na última semana, nove alunos do Colégio Estadual Geraque Collet, de Pureza, terceiro distrito de São Fidélis, perderam aulas por falta de transporte. Moradores da zona rural do município, em localidades como Penedo, Tabua e Tabuinha, os estudantes não estão contando com a van que os levava para estudar, pois o motorista ainda não recebeu os pagamentos de nenhum mês de 2015, que deveriam ser feitos pelo estado. A notícia da paralisação foi dada na segunda-feira passada (01.06), data em que o serviço de condução deixou de ser feito.

Jefferson Moraes, morador de Tabuinha, que está cursando o segundo ano do Ensino Médio, relatou ao SF Notícias que a direção da escola fez uma reunião com os pais na semana anterior em que aconteceu o corte da condução. Já o motorista falou diretamente com os alunos, explicando que não estava mais conseguindo custear as viagens com fundos próprios. Sem o transporte, Jefferson já perdeu três dias dias de aula, comparecendo apenas um dia para conversar com o diretor do Geraque Collet, que garantiu que os alunos que estão sem acesso ao transporte não irão perder os pontos das avaliações, pois terão outras alternativas para fazê-las. De qualquer forma, o conteúdo disciplinar segue sendo lançado aos outros alunos nas salas de aula.

estudante– Isso vai atrapalhar bastante, pois como eu estudo no período integral, eu vou ficar sem aula. Isso pode atrapalhar lá na frente, futuramente, pois essas aulas que eu estou perdendo, não vai ter como repor, e eu vou ficar sem a matéria. E parece que o estado não está “nem aí”, porque senão já teria arrumado uma solução, e até agora nada.- disse Jefferson, que terá um teste na próxima sexta-feira (12) e não sabe se vai poder comparecer à escola para fazer, pois mora numa distância de 16 quilômetros, tendo que andar cinco deles a pé, além de pagar passagem para completar o trajeto com outros 11 quilômetros de ônibus.

O Governo do Estado ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Outros motoristas também estão sem receber, mas passaram a carregar os alunos em veículos de passeios e motos, como alternativa de redução dos gastos. Já o que optou pela paralisação, só irá retornar quando for quitado o débito salarial, ou pelo menos parte dele.

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